Clipping do Observatório Internacional (25/07/2016)
Reunir semanalmente os fatos geopolíticos, os acontecimentos decisivos da luta de classes, vitórias e as derrotas dos movimentos sociais, as constatações e as previsões da economia global. Este é o objetivo do clipping do Observatório Internacional, da Fundação Lauro Campos.
Vasculhamos, selecionamos e apresentamos matérias dos jornais e portais informativos mais acessados e prestigiados do jornalismo mundial. Dos sites e publicações de esquerda, enfatizamos os debates que mais ocuparam espaço na semana.
Nesta edição do clipping, sublinhamos a resposta repressiva de Recep Erdogan à tentativa de golpe militar na Turquia, o pânico causado pelos ataques terroristas na Europa e no Oriente Médio, as cartadas iniciais dos presidenciáveis estadunidenses, a batalha de Jeremy Corbyn para se manter à frente dos trabalhistas britânicos, a crise social na Venezuela, a mobilização das mulheres na Argentina, a greve massiva dos professores panamenhos, entre outros destaques.
TURQUIA
Com estado de sítio, Erdogan contragolpeia; milhares de opositores são perseguidos e “projeto Taksim” é ressuscitado
A democracia respira por aparelhos na Turquia. À derrota do golpe militar na sexta-feira (15 de jul.) sobreveio diversas ações repressivas do presidente turco Recep Tayyep Erdogan, que caracterizam um expurgo civil. No velório das mais de 300 vítimas do golpe militar, o líder prometeu “limpar” a nação dos traidores.
Diversas agências reportam a prisão, demissão e deportação de milhares de descontentes com o governo, para além dos generais diretamente implicados na intentona. Funcionários públicos só podem sair do país com a devida autorização dos superiores. A Justiça, a Polícia, o Exército, os serviços de inteligência e as universidades estão perdendo boa parte de seus quadros por afastamento compulsório ou, até mesmo, detenção. Tudo isso, sem as devidas garantias legais suspensas pela decretação de Estado de Sítio válido pelos próximos três meses – a primeira vez que isso acontece em 15 anos.
A pena de morte, condenada pela União Europeia e rejeitada em referendo pela Turquia em 2004, pode ser reativada caso os anseios de Erdogan não sejam interrompidos. A Convenção Europeia de Direitos Humanos, que veta a punição capital e assegura as liberdades fundamentais, foi embargada no país por iniciativa governamental.
No bojo das medidas autoritárias, Erdogan discursou para os seus seguidores, anunciado a retomada do projeto que destrói a Praça Taksim (importante centro cultural e político das esquerdas turcas), em favor de empreendimentos imobiliários e da construção de um quartel militar.
Acusando o movimento islâmico moderado Hizmet (dissidência do AKP) de envolvimento na quartelada, Erdogan pediu aos EUA a extradição do clérigo carismática Fethullah Gülen, um de seus principais adversários políticos. Até o momento, a Casa Branca nega o requerimento, alegando falta de provas.
O Partido Democrático dos Povos (HDP), pró-curdo, repudiou tanto o golpe militar quanto o fechamento do regime por Erdogan. Os 59 deputados da formação votaram contra o Estado de Emergência. “Não temos nenhuma confiança no AKP. As políticas erradas de Erdogan levaram à tentativa de golpe”, afirmou Selahattin Demirtas, um dos co-porta-vozes do grupo.
LINKS:
http://internacional.elpais.com/internacional/2016/07/22/actualidad/1469202897_767548.html
http://www.newsweek.com/what-does-erdogans-state-emergency-mean-turkey-482592
http://www.ndtv.com/world-news/turkey-kurdish-leader-against-both-coup-and-recep-tayyip-erdogan-1434930?browserpush=true
FRANÇA
Após atentado de Nice, Hollande reforça apoio a exército iraquiano; oposição de direita endurece discurso
Depois do atentado em Nice que matou 84 pessoas, o presidente François Hollande prorrogou a validade estado de emergência na França até dezembro deste ano, horas depois de ter anunciado o seu término no fim de julho. Além disso, Hollande anunciou para agosto o envio de artilharia ao exército iraquiano a fim de combater o grupo Estado Islâmico, o qual reivindicou participação no trágico evento do Dia da Bastilha.
Desde 2015, o governo do Partido Socialista vem aumentando os poderes legais do serviço secreto e engrossando os auxílios bélicos às forças de combate ao ISIS no Oriente Médio. Entretanto, pesquisa recente do instituto IFOP revela que 67% dos franceses não confiam nas táticas oficiais de prevenção ao terrorismo.
Entidades em defesa dos direitos humanos têm alertado para a ocorrência de detenções arbitrárias, a pretexto de bloquear as ações terroristas.
A nove meses do próximo sufrágio presidencial, Marine Le Pen, a candidata da ultra-direita, exigiu que o Governo adote medidas mais extremas, tais como a expulsão de condenados de dupla nacionalidade e a declaração de guerra ao islamismo radical. A líder da Frente Nacional reivindicou ainda a saída do ministro do Interior, Bernard Cazeneuve:“Em qualquer outro país no mundo, um ministro com um balanço de mortalidade tão horrendo como o dele -50 mortos em 18 meses — já teria pedido demissão”.
Já entre os Republicanos, Allan Juppié – ex-primeiro-ministro conservador bem cotado nas pesquisas eleitorais- defendeu que o governo acelere a velocidade das medidas deliberadas desde o ano passado, por ocasião do atentado na boate Bataclan e no semanário Charlie Hebdo. “Se tudo tivesse sido feito nos últimos 18 meses, a tragédia de Nice não teria acontecido”.
Eric Coquerel, coordenador do Parti de Gauche (o partido de Jean-Luc Melénchon), criticou tanto a abordagem governista quanto à abordagem da direita. “O que vejo é que o governo de François Hollande tem as mesmas responsabilidades que a direita de Nicolas Sarkozy nesta situação. As mesmas responsabilidades em termos de política exterior seguidora da OTAN comandada pelos Estado Unidos favoreceram a desintegração do Estado nesta região: Síria, Iraque. Antes que o avanço da democracia, o que veio foi o desenvolvimento das forças jihadistas locais. Responsabilidades que tem a ver também com as políticas de austeridade. Escutando Nicolas Sarkozy, ontem à noite, percebo que ele se esquece de ter eliminado 13 mil agentes policiais, o que prejudica os serviços de inteligência”.
LINKS:
http://internacional.elpais.com/internacional/2016/07/22/actualidad/1469187109_639585.html
http://internacional.elpais.com/internacional/2016/07/17/actualidad/1468778508_589937.html
Reforma trabalhista é aprovada “à fórceps” no parlamento
A oposição de esquerda não conseguiu passar uma moção de censura e a “Loi Traveil” foi aprovada na Assembleia Nacional. A reforma laboral que flexibiliza os direitos da classe trabalhadora francesa chegou ao seu último trâmite legislativo, após o governo socialista adotar por duas vezes o dispositivo 49.3 da Constituição, o qual permite a sanção de projeto de lei sem a votação parlamentar. Recentemente, François Hollande defendeu a proposta como “consistente dentro dos valores de esquerda” e afirmou que a reforma seria implementada “imediatamente” depois de sua aprovação.
Cabia à oposição vetar nesta semana a iniciativa do governo. Em meios às férias de verão e a diminuição dos protestos sindicais, esquerda crítica à reforma não logrou juntar os votos necessárias. Já a direita republicana – dividida nas primárias para as eleições presidenciais- absteve-se de coligar com a extrema-direita populista (contrária ao projeto) para impor uma grave derrota ao primeiro-ministro Valls, o que provavelmente redundaria na queda de seu gabinete e na precipitação de uma crise política nacional.
As principais centrais sindicais e os movimentos juvenis prometem retomar a mobilização a partir de 15 de setembro. Os partidos da esquerda radical contestarão a legalidade da reforma também nas cortes constitucionais.
LINKS:
http://es.rfi.fr/francia/20160722-francia-aprueba-una-reforma-laboral-muy-cuestionada
REINO UNIDO
Milhares se juntam ao Partido Trabalhista para defender Jeremy Corbyn
A ala direita dos trabalhistas teve pouco a comemorar nesta semana em sua luta para retirar Jeremy Corbyn da liderança do partido. Em apenas dois dias, cerca de 180 mil simpatizantes pagaram a taxa de inscrição (25 libras) para decidir se o Labour Party continua sob a direção da esquerda ou se os blairistas retomarão o controle do comitê executivo. Esta onda de adesões tende a favorecer Corbyn, uma vez que ele é benquisto pelas bases sindicalizadas, em proporção inversa à bancada parlamentar que impulsiona a candidatura de Owen Smith. Desde o referendo sobre a UE, 130 mil cidadãos assinaram a ficha de filiação do Labour Party, totalizando mais de 550 mil filiados.
A data da votação interna está agendada para 24 de setembro. Pesquisa elaborada pelo Opinium/Observer demonstra que Corbyn conta com o apoio de 54% dos militantes trabalhistas contra 22% que endossam o desafiante Smith. Conforme a mesma sondagem, se as eleições gerais, programadas para 2020, ocorressem hoje os Conservadores alcançariam 37% dos votos, os Trabalhistas teriam 31%, o UKIP (extrema-direita) 15%, os Liberais 6%, o SNP (nacionalista escocês) 6%, os Verdes 4%.
http://www.bbc.com/news/uk-politics-36851524
May ouve ultimato de Hollande: sem livre circulação de pessoas não haverá livre mercado
Nesta semana, a primeira-ministra britânica Theresa May reuniu-se com o presidente francês François Hollande na capital parisiense. Em pauta, os rumos das relações comerciais entre o Reino Unido e o continente. Hollande alertou-a para as dificuldades da Inglaterra continuar tendo livre acesso ao mercado europeu, caso adote uma política de endurecimento nas questões imigratórias, o que faz parte dos planos de May.
À parte isso o cronograma do Brexit apresentado por Londres agradou ao premier francês, de modo similar ao que havia manifestado a chanceler alemã Angela Merkel. A UE deve dilatar o prazo de saída do Reino Unido.
http://www.reuters.com/article/us-britain-eu-may-hollande-idUSKCN1012MN
ALEMANHA
Simpatizante da extrema-direita mata nove jovens e se suicida em Munique
Admirador e estudioso de atentados fascistas, David Sonboly de 18 anos abriu fogo em um shopping de Munique, levando à morte outros 9 jovens. A matança ocorre exatos cinco anos depois que Andres Breivik massacrou a 77 integrantes da juventude do Partido Social-Democrata da Noruega, o que levou à polícia investigativa descartar a hipótese inicial de terrorismo inspirado pelo ISIS.
LINK: http://internacional.elpais.com/internacional/2016/07/23/actualidad/1469261714_708037.html
http://www.bbc.com/portuguese/internacional-36874727
Movimento islamofóbico decide formar um partido
Na segunda-feira (18 de jul.), o movimento Pegida (sigla em alemão para “Patriotas europeus contra a islamização do Ocidente”) anunciou a intenção de organizar um partido de extrema-direita na Alemanha. Semanalmente, o grupo de islamofóbicos organiza marchas anti-imigração na Alemanha. Para as próximas eleições federais em 2017, o Pegida já declarou apoio ao partido neonazista Alternativa para a Alemanha (AfD).
Pesquisa divulgada em junho pela Universidade de Leipzig mostra que a islamofobia cresce na Alemanha. Metade dos entrevistados afirmou se sentir como um estrangeiro no próprio país, e 40% afirmaram que os muçulmanos deveriam ser proibidos de entrar em território alemão.
LINKS:
https://www.rt.com/news/346930-islamophobia-germany-refugees-study/
ESTADOS UNIDOS
Convenção republicana oficializa Donald Trump como candidato
Realizada esta semana em Cleveland, a congregação dos delegados republicanos confirmou o bilionário nova-iorquino como o nome que disputará à Casa Branca em novembro. Os quatro dias de Convenção foram marcados pela ostensiva defesa da “lei e da ordem” pelos dirigentes conservadores, pelo estardalhaço das intervenções divergentes em matéria de economia e política externa e pelas ausências de figuras de peso do partido, relutantes em apoiar o “outsider” imprevisível.
O discurso de Trump reforçou a proposta de construção de um muro anti-imigrantes para diminuir a criminalidade, defendeu que o país precisa de mais ordem para combater o terrorismo, antagonizou diretamente com Bernie Sanders, descreveu o caos econômico que os democratas teriam criado no país, defendeu a redução de impostos e do intervencionismo militar.
Segundo pesquisa da CNN, três quartos dos espectadores que acompanharam o evento aprovou o discurso do magnata, focado em ressaltar a insegurança que vive os cidadãos do país sem apresentar um programa que transcenda a xenofobia. Um dos líderes da Ku Klux Klan, David Duke, tuitou: “Grande discurso de Trump. América em primeiro lugar! Vamos parar as guerras! Derrotemos as elites corruptas! Vamos proteger nossas fronteiras! Comercio justo! Ele não poderia ter dito melhor “
Enquanto a convenção se desenrolava, do lado de fora centenas de manifestantes ridicularizavam a proposta de construir um muro que isolasse os EUA do continente latino-americano.
O jornal Washington Post publicou editorial ressaltando os perigos que Trump representa para as instituições americanas e mundiais. Em raciocínio semelhante, o diário espanhol El País também se posicionou contrário ao triunfo do candidato racista.
LINKS:
https://www.thenation.com/article/protesters-in-cleveland-bring-the-wall-to-donald-trump/
Senador moderado é escolhido por Hillary Clinton como vice
Desapontando as expectativas dos ativistas mais críticos do Partido Democrata que esperavam uma parceria mais à esquerda, Hillary Clinton optou por Tim Kaine, senador pela Virgínia, para compor sua chapa presidencial. Os estrategistas de sua campanha aponta Kaine como vice ideal para atrair tanto os republicanos descontentes com a escolha de Trump quanto para consolidar os votos “latinos”, visto que é fluente em espanhol e favorável a políticas de abertura das fronteiras. No campo econômico, Kaine se define como um liberal: no Parlamento sempre votou conforme os lobbies dos bancos. Ao passo que no campo dos costumes, defende o direito das mulheres ao aborto seguro e legal.
Analistas ponderam que uma chapa Hillary-Kaine pode atrapalhar o desempenho eleitoral dos democratas, uma vez que não dissocia o partido do establishment ao postular duas figuras bastantes conhecidas pelo eleitorado americano.
LINKS:
http://www.nytimes.com/2016/07/23/opinion/the-swing-state-appeal-of-mr-kaine.html
http://www.latimes.com/politics/la-na-pol-tim-kaine-liberal-reaction-20160722-snap-story.html
#BlackLivesMatter realiza protestos em várias cidades dos EUA; mais um tira é absolvido em julgamento do assassinato de Freddie Gray
Segundo o site Democracy Now, durante esta semana, “vários grupos da organização Black Lives Matter realizaram manifestações em diferentes cidades, em protesto contra a brutalidade policial. Em Oakland, centenas de pessoas se reuniram em frente à prefeitura. Em Durham, Carolina do Norte, manifestantes foram às portas do Departamento de Polícia demandar a reversão do plano municipal de construir uma nova estação da polícia com custo de 70 milhões de dólares. Em Pittsburgh, uma das principais ruas foi bloqueada no horário de pico, em defesa do fim da utilização de cães policiais nas detenções.”
Na segunda-feira, a Justiça americana inocentou o policial Brian Rice, um dos seis indiciados pela morte do jovem negro Freddie Gray, assassinado em maio de 2015 em Baltimore. Rice é o terceiro absolvido no caso.
LINKS:
http://www.nytimes.com/2016/07/19/us/freddie-gray-baltimore-police.html?_r=0
MÉXICO
Mesa de diálogo entre governo e professores trava; CNTE acusa utilização repressiva de grupos paramilitares em Chiapas
O maior sindicato de professores do México afirmou na quarta-feira (20 jul) que os protestos e bloqueios de estradas continuarão nas férias de verão, frente à intransigência do governo em discutir um novo projeto de reforma educação.
No mesmo dia, cerca de 200 pessoas armadas com paus, machados e revólveres atacaram professores, estudantes, familiares, representantes dos vilarejos de Chiapas e ativistas de diversas organizações que desde 27 de junho bloqueava a rodovia San Cristóbal- Tuxtla Gutiérrez para exigir a suspensão do remodelamento da educação.
LINK:
Direita à frente das pesquisas para as presidenciais em 2018; Lopez Obrador segue bem-posicionado
Pesquisa divulgada no começo do mês pelo jornal El Universal aponta que o Partido da Ação Nacional (PAN), direita, está à frente da preferência do eleitorado mexicano, depois de sete anos. A sondagem reflete o desgaste do PRI e do presidente Enrique Peña Nieto (rejeitado por 70% dos mexicanos). Para 2018, a afinidade partidária se distribui da seguinte maneira: PAN, 24%; PRI (direita governista), 20%; Morena (esquerda), 17%; PRD (centro), 6%.
Caso sejam feitas alianças, a coligação Morena e PT (partidos de esquerda), com Andrés Manuel López Obrador como candidato, teria 28 % de intenções de voto; PAN e PRD, com o ex-deputado Ricardo Anaya como candidato, 26 %; PRI, PVEM (verdes) e Panal (liberais), com o secretário de governo Miguel Osorio Chong, 25 %.
A principal figura pública da esquerda mexicana, Lopez Obrador, já impôs suas condições caso o PRD se oriente nos próximos meses para uma aliança com o Movimento de Regeneração Nacional (Morena): “O PRD teria que mostrar clareza de que é preciso não se envolver, não fazer acordos, com os partidos da máfia do poder e com o governo. As reformas estruturais que estão prejudicando o país contam com o apoio tácito do PRD. Se eles rompem com o regime e demonstram um propósito claro de transformar o país, podemos conversar. Se não, não” declarou em entrevista para a rádio Ciro.
LINK:
http://www.infolatam.com/2016/07/18/el-2018-visto-en-julio-de-2016/
https://es.panampost.com/elena-toledo/2016/07/11/crece-lopez-obrador-ciudad-de-mexico/
http://internacional.elpais.com/internacional/2016/07/18/mexico/1468857036_419633.html
VENEZUELA
FAO descarta necessidade de ajuda humanitária para Venezuela
O representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO), Marcelo Resende afirmou que na Venezuela não estão dadas “as condições para receber ajuda humanitária”. Seria a primeira vez na história que a ONU enviaria esse tipo de auxílio para um país fora de situação de guerra.
Os dados sobre a crise social no país carecem de precisão e versões desencontradas circulam na imprensa internacional. Enquanto o FMI estima uma queda de 10% do PIB venezuelano e uma inflação de 700% em 2016, o governo de Nicolás Maduro apresentou na quarta-feira um relatório, apontando a evolução dos indicadores sociais no país em comparação com os anos 90.
O instituto Datanálisis revelou uma pesquisa em 43% dos lares venezuelanos sofrem com a escassez de produtos básicos como arroz, farinha ou leite.
LINK:
http://www.telesurtv.net/telesuragenda/Venezuela-entre-cifras-y-difamaciones-20160721-0060.html
http://www.bbc.com/mundo/noticias-america-latina-36837574
Ala do chavismo crítico apoia o referendo revocatório
“A Plataforma pela Defesa da Constituição, integrada pelos ex-ministros de Chávez como Ana Elisa Osorio, Héctor Navarro e Gustavo Márquez, o genereal Alcalá Cordones e o movimento Marea Socialista, entregou um documento ao CNE (justiça eleitoral) na segunda-feira, no qual exigem o respeito à Constituição no que se refere a não obstaculizar a realização do referendo revocatório.
O vice-presidente do PSUV, Diosdado Cabello, respondeu à ação da plataforma negando que os integrantes da mesma sejam chavistas. “Deveriam ir com Ramos Allup e com Caprilles a recolher assinaturas, porque sua atitude é a mesma atitude esquálida”, afirmou o deputado.
No entanto, a visão no interior do movimento é outra. Alguns apontam que o chavismo poderia se manter com oportunidades eleitorais se permite que se cumpram os preceitos constitucionais de expressão política da população.
Nicmer Evans, dirigente do Marea Socialista, resume isso desta maneira ao ser consultado o quão benéfico para o chavismo seria a realização de uma consulta sobre a continuidade do mandato do presidente Maduro. “Um último esforço democrático poderia facilitar a rearticulação e reestruturação do chavismo, enquanto com mais vocação totalitária menos chances o chavismo teria de triunfar eleitoralmente.”
Conforme mesma matéria publicada no site El Tiempo, 7,7% dos eleitores que se autodenominam chavistas assinalam que votariam a favor da revogação do mandato de Maduro. A pesquisa realizada com 1200 venezuelanos em finais de junho revela que 49% da população se declara opositora, enquanto 29% se diz oficialista. Para o diretor do instituto Venebarómetro, Ernesto Gutierrez, o eleitorado duro do chavismo se localiza 15% do eleitorado, quase a metade que Hugo Chávez exibia em vida. Tal número dificultaria uma possível reeleição de um candidato no campo chavista.
LINKS:
http://www.aporrea.org/ideologia/n294054.html
ARGENTINA
Milhares de argentinas realizam “piquetetazo” pelo direito à amamentação em espaços públicos
As praças do país foram tomadas nesta semana por mães com seus bebês. Movimentos feministas convocaram um “tetazo” nacional em defesa da lactância materna e em apoio a uma jovem que foi impedida pela polícia de amamentar seu filho em San Isidro.
LINK:
http://www.clarin.com/sociedad/Tetazo-masivo-plazas-mujeres-amamantando_0_1618638238.html
http://www.lavozdelpueblo.com.ar/nota-41455-se-realizo-el-%E2%80%9Ctetazo%E2%80%9D-masivo
COLÔMBIA
Corte constitucional aprova referendo sobre acordo de paz com as FARC
O Tribunal superior da Colômbia aprovou que o plebiscito será válido se os votos favoráveis ao acordo de paz alcançam o mínimo de 13% do censo eleitoral (algo em cerca de 4,5 milhões), número proposto pelo governo de Manuel Santos. A expectativa é que governo e FARC assinem um documento no final de agosto e a consulta ao povo ocorra no mês seguinte.