Nesta edição do Clipping Semanal do Observatório Internacional da Fundação Lauro Campos, o destaque fica por conta do término da viagem de Trump à Ásia, assinalando mais uma etapa do debilitamento geopolítico estadunidense frente a seu concorrente chinês. A semana foi marcada ainda: pelo rompimento do Barcelona en Comú com o PSC, após os socialistas apoiarem a aplicação do decreto 155; a manifestação de dezenas de milhares de poloneses em uma marcha convocada por partidos de extrema-direita no dia da Independência polaca; o golpe palaciano no Zimbábwe que tenta depor Robert Mugabe, há mais de três décadas no poder; o avanço dos direitos civis na Austrália (vitória do SIM no referendo sobre a legalização do casamento homoafetivo) e no Peru (sanção presidencial do uso de maconha para fins medicinais); as novas revelações da Odebrecht contra importantes nomes da política peruana; os preparativos para as eleições chilenas; e a reforma trabalhista de Macri.
Na segunda parte do Clipping, destinada a destacar alguns artigos e debates da mídia alternativa de esquerda, trazemos um relato in loco das discussões do independentismo acerca dos próximos passos a serem dados; uma análise sobre as movimentações da monarquia saudita que têm fortalecido o príncipe-herdeiro Muhammad bin Salman e um interessante artigo sobre a esquerda tcheca ante a emergência do bilionário Andrej Babis, com muitas semelhanças em relação a Donald Trump, ao posto de primeiro-ministro do país.
Uma excelente leitura a todos!
Charles Rosa – Observatório Internacional da Fundação Lauro Campos
PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA MUNDIAL
Processo independentista da Catalunha
El Nacional (16/11): “Barcelona grita pela liberdade dos presos: ‘Fora dos Okupas de Palau’”
“No mesmo dia em que se cumpre um mês de encarceramento de Jordi Sànchez e Jordi Cuixart, o soberanismo enviou uma mensagem à prisão madrilenha de Soto del Real: “Não estão sozinho”. Convocadas pela Assembleia Nacional Catalã e Òmnium Cultural, centenas de pessoas reuniram-se nesta quinta-feira na praça de Sant Jaume de Barcelona, e ante os ajuntamentos de todo o país, para reclamar a liberdade imediata dos presos políticos”.
LINK (em espanhol): http://bit.ly/2AMJgTz
La Vanguardia (12/11): “Barcelona em Comum rompe pacto com o PSC de Barcelona pelo apoio ao artigo 155”
“A militância de Barcelona en Comú decidiu por um ponto final ao pacto de governo com o PSC no governo municipal de Barcelona. 54,18% (2.059 pessoas) votaram na consulta interna a favor da ruptura do acordo com os socialistas. 45,68% (1.736 simpatizantes de BComú) apostava por dar continuidade ao pacto. Uma maioria apertada para uma decisão importante que ficou nas mãos de 3.800 participantes, ao redor de 40% do registro de inscritos da formação.”
LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zOA9mi
El Diario.es (16/11): “Jordi Sánchez irá de ‘número 2’ de Puigdemont na lista do PDeCat”
“O presidente da Assembleia Nacional Catalã (ANC), Jòrdi Sànchez, figurará na lista do PDeCAT como número dois, do presidente suspenso Carles Puigdemont. O líder independentista, que se encontra encarcerado na prisão de Soto del Real, será um dos nomes da sociedade civil que Puigdemont incorporará na lista que está elaborando desde Bruxelas e que se chamará Junts per Catalunya”.
LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zIowjd
Manifestação da extrema-direita na Polônia
The Guardian (13/11): “’Europa branca’: 60 000 nacionalistas marcham no dia da independência na Polônia”
“Dezenas de milhares de manifestantes nacionalistas marcharam através de Varsóvia no fim de semana para marcar o dia da independência da Polônia, lançando sinalizadores vermelhos e carregando bandeiras com slogans como “Europa branca de nações fraternas”. A polícia estimou que 60 mil pessoas participaram do evento de sábado, no que os especialistas dizem que foi um dos maiores encontros de ativistas de extrema direita na Europa nos últimos anos. Demonstradores com rostos cobertos cantavam “Polônia pura, Polônia branca” e “Os refugiados saem!”. Uma bandeira pendia sobre uma ponte que dizia: “Ore pelo holocausto islâmico”.”
LINK (em inglês): http://bit.ly/2zDldHr
Primeiras rupturas no partido de Macron na França
The Telegraph (16/11): “Emanuel Macron enfrenta primeira revolta depois que 100 membros de seu partido renunciam por seus métodos ‘arrogantes e antidemocráticos’”
“Emmanuel Macron enfrenta sua primeira revolta interna desde sua ascensão à presidência francesa depois que 100 membros de seu movimento centrista anunciaram que estavam renunciando a seus métodos ‘arrogantes’ e ‘antidemocráticos’. Macron, de 39, venceu em maio em parte graças à ajuda de um exército de partidários de base, muitos sem experiência política prévia e aos que prometeu que todos teriam voz na forma em que funcionaria seu movimento recém criado. Mas seis meses de presidência, 100 membros de seu partido centrista República em Marcha (LREM), desde estudantes até funcionários eleitos, dizem que estão jogando a toalha, alegando que o partido é uma “afronta aos princípios fundamentais da democracia com um estilo organizativo digno do Antigo Regime [antes da revolução de 1789]”.
LINK (em inglês): http://bit.ly/2mpIA4j
Conflito separatista na Ucrânia
AFP (16/11): “Putin conversa com líderes separatistas da Ucrânia”
“O presidente russo Vladimir Putin conversou com os líderes rebeldes do leste da Ucrânia para discutir um intercâmbio de prisioneiros, seu primeiro contato direto reconhecido publicamente com as duas repúblicas separatistas pró-russas. O Kremlin disse que Putin falou por telefone com Alexander Zakharchenko, o líder da autoproclamada República Popular de Donetsk e Igor Plotnitsky, o líder da República Popular de Lugansk. As entidades, imbricadas nas regiões de Donetsk e Lugansk da Ucrania, declararam a independência de Kiev depois da anexação da Crimeia em 2014 por parte de Moscou, iniciando uma guerra que perdurou até o dia de hoje e em que morreram mais de 10 mil pessoas”.
LINK (em inglês): http://bit.ly/2ATZiMv
Recuo de Trump na questão russa
El País (13/11): “Trump se distancia de Putin para evitar crise com serviços de inteligência”
“Donald Trump cedeu. Após aceitar no Vietnã os desmentidos de Vladimir Putin sobre a ingerência russa durante as eleições norte-americanas de 2016, o presidente dos Estados Unidos precisou se contradizer. A rápida e contundente reação dos serviços de inteligência e de seus ex-diretores, autores do crucial relatório que acusa Putin de ordenar a campanha difamatória contra Hillary Clinton, falou mais alto que o desejo de Trump de confraternizar com seu homólogo russo. “Estou com nossas agências… Acredito no que dizem”, retificou o republicano no domingo em Hanói. Trump atacou a espinha dorsal da trama russa. Em uma conversa informal com Putin, havia acabado por dar crédito ao líder do Kremlin, mas foi em seguida esbofeteado por seus próprios serviços de inteligência, cujos ex-diretores chegou a descrever como “mercenários políticos”. O golpe colocava em xeque não só as agências de espionagem norte-americanas, mas também a investigação comandada atualmente pelo promotor especial Robert Mueller, que já resultou em três acusações formais e tem como objetivo esclarecer o papel do próprio presidente e da sua equipe nessa trama.”
LINK (em português): http://bit.ly/2j1L1oS
Giro de Trump pela Ásia
Washington Post (13/11): “A incoerente mensagem de Trump para os aliados dos EUA na Ásia”
“O giro de 12 dias do presidente Trump pela Ásia foi desenhada para oferecer uma visão da política exterior dos Estados Unidos na região e tranquilizar os aliados num momento de tensão preocupante. Até agora, não fez nenhuma das duas coisas. Em contrapartida, o governo Trump ofereceu versões contraditórias de sua política na Ásia, enquanto o próprio presidente criou mais distrações em forma de insultos para Kim Jong Un da Coreia do Norte e elogios para o presidente russo Vladimir Putin. Inclusive antes do começo da viagem, existiam profundas preocupações sobre o que a visão de Trump para a Ásia, ou a falta dela, significaria para a região no leste da Ásia durante as últimas semanas entrevistando funcionários e especialistas no Japão, Coreia do Sul e Taiwan. A conclusão foi cara: ninguém sabia o que esperar, mas muitos estavam se preparando para o pior. “Trump é um presente do céu para a ascensão da China”, disse Lee Seong-hyon, um pesquisador do Instituto Sejong de tendencia esquerdista de Coreia do Sul, quando a viagem de Trump começou”.
LINK (em inglês): http://wapo.st/2zIpRq4
El País (14//11): “O giro de Trump pela Ásia evidencia a menor relevância dos EUA na região”
“Nem sua oferta para mediar no mar da China meridional nem o novo termo utilizado por Donald Trump para se referir à região, Indo-Pacífico, salvaram o giro do presidente estadunidense pela Ásia. Doze dias,cinco países e muitos apertos de mãos que concluem sem que Trump tenha conseguido convencer sobre o novo papel dos EUA na zona, cujos países deram passos rumo a uma maior integração de forma independente”.
LINK (em espanhol): http://bit.ly/2ieKDUs
Tensões entre Arábia Saudita e Irã
The NY Times (16/11): “A Arábia Saudita não faz ideia de como negociar com o Irã”
“Arabia Saudita pode exagerar as intenções e o poder iranianos, mas os países ocidentais e asiáticos geralmente os subestimam. Os próprios iranianos têm claro como veem a região: ‘Não podem ser tomadas medidas decisivas no Iraque, Síria, no Líbano e no norte da África e na região do Golfo sem o consentimento do Irã”, Hassan Rouhani, presidente do Irã, alardeou no mês passado. É possível que Teerã não tenha o controle total em Bagdá, Damasco e Beirute, mas graças a seus representantes e aliados, pode influir decisivamente em seus campos de batalha e política”.
LINK (em inglês): http://nyti.ms/2j2ktnr
Emergência de um candidato progressista no Egito
El País (14/11): “Um candidato progressista faz frente ao regime de Al Sisi no Egito”
“A pré-campanha das eleições presidenciais no Egito, previstas para maio próximo, parece discorrer por caminhos parecidos aos de uma democracia consolidada, Um candidato da oposição anunciou na semana passada sua intenção de concorrer no pleito. Os rumores na mídia apontam que outro dois candidatos poderiam seguir seus passos. Enquanto isso o marechal Abdelfatá al Sisi permanece indeciso, ainda que poucos duvidem de que ele não tentará permanecer no permanecer. O ativista de esquerda Jared Ali anunciou sua candidatura condiciona a algumas garantias mínimas. Porém, sua participação depende dos tribunais”.
LINK (em espanhol): http://bit.ly/2iok2nI
Escravidão na Líbia
ABC.es (14/11): “Homens por 400 euros: ‘os mercados de escravos’ regressam à Líbia
“Em troca de 400 euros, homens e mulheres são vendidos em novos mercados de escravos na Líbia, um negócio que floresce no país, tomado pelas milícias e senhores da guerra que controla ou se beneficiam dos grandes fluxos migratórios da África subsaariana que cruzam o país norte-africano com a esperança de chegar à Europa. Enquanto se amontoam os testemunhos de sobreviventes a este indigno negócio recolhidos por jornalistas, ONGs e organizações internacionais. Novas imagens publicadas em vídeos do South China Morning Post (SCMP.TV) e CNN dão conta dos leilões nos quais imigrantes da Nigéria, Gâmbia ou Gana são vendidos ao melhor comprador”.
LINK (em espanhol): http://bit.ly/2hwNxTy
Referendo sobre o casamento homoafetivo na Austrália
The Independent (13/11): “Australianos votam a favor da legalização do casamento homoafetivo em histórico movimento em direção à igualdade ”
“Os australianos pronunciaram-se a favor dos matrimônios entre pessoas do mesmo sexo numa enquete nacional histórica. A pesquisa, ainda que não vinculante, é um passo significativo em direção à conquista da igualdade no matrimônio e abre caminho para as uniões entre pessoas do mesmo sexo em todo o país. Aproximadamente 62% do eleitorado respaldou o matrimônio homossexual contra 32 % contrário. O primeiro-ministro Michael Turnboll afirmou que espera legalizar as uniões homoafetivas antes do Natal.”
LINK: https://ind.pn/2ihk3K8
Golpe palaciano no Zimbábue
Chicago Tribune (15/11): “Depois de 37 anos, governo de Mugabe parece ter acabado”
“Os militares de Zimbábwe estão controlando a capital e a emissora estatal, além de manter Robert Mugabe e sua esposa em prisão domiciliar. O chefe de estado com 93, o mais longevo do mundo, parece ver chegar ao fim seu domínio. No entanto, os militares fazem questão de enfatizar de que não se trata de um golpe de estado, mas que estão tratando de iniciar um processo de restauração da democracia no país (…). África do Sul e outros países africanos estão enviando representantes para negociar a transição com Mugabe.”
LINK (em inglês): http://trib.in/2iWRcuk
Demissão de Isabel Santos na Angola
Público.pt (15/11): “João Lourenço afasta Isabel dos Santos da Sonangol”
“O Presidente angolano, João Lourenço, afastou esta quarta-feira Isabel dos Santos do cargo de presidente da Sonangol, para o qual tinha sido nomeada pelo seu pai, o anterior chefe de Estado, José Eduardo dos Santos. Para o seu lugar irá Carlos Saturnino, recentemente nomeado secretário de Estado dos Petróleos, e que tinha sido afastado por Isabel dos Santos do cargo de presidente da Sonangol Pesquisa e Produção. Depois de a ter mencionado indirectamente, no discurso de tomada de posse, quando atacou os monopólios das telecomunicações, o Presidente já parecia ter iniciado uma espécie de cerco a Isabel dos Santos. E fizera-o precisamente através de Carlos Saturnino, que a filha do ex-chefe de Estado despedira da Sonangol e que foi nomeado secretário de Estado do Petróleo.”
LINK (em português): http://bit.ly/2zF3Rwi
Reforma trabalhista na Argentina
Perfil.com (15/11): “Houve acordo entre Macri e a CGT pela reforma laboral”
“A reforma laboral é uma das obsessões principais do pacote de ‘reformismo permanente’ que o presidente Mauricio Macri impulsionou desde as eleições. Também representa um dos maiores desafios, por ser uma inciativa resistida por muitos trabalhadores e sindicatos. O caminho para aprová-la, no entanto, poderia não ser tão difícil: o governo nacional e os representantes da CGT chegaram a um princípio de acordo na tarde da quarta-feira sobre o tema”.
LINK (em espanhol): http://bit.ly/2j1LB5V
Escândalo do pagamento de propinas na FIFA
Washington Post (15/11): “Ex-funcionário argentino se joga sob o trem depois de ser acusado no escândalo de corrupção na FIFA”
“O executivo de marketing desportivo Alejandro Burzarco declarou que pagou milhões de dólares em subornos a Delhon e a outro funcionário argentino, Pablo Paladino, entre 2011 e 2014 em troca de direitos para transmitir partidas de futebol, segundo uma transcrição da audiência. Paladino foi o coordenador de um extinto programa de televisão emitido pelo governo chamado Futbol Para Todos. Delhon era advogado do programa e trabalhou sob o o governo da ex-presidenta Cristina Fernández Kirchner.”
LINK (em inglês): http://wapo.st/2iZWmpt
Odebrecht delata PPK, Alan García e Keiko Fujimori
El Comércio (14/11): “Marcelo Odebrecht: o que disse sobre PPK, Alan e Keiko”
“As declarações que deu Marcelo Odebrecht ante o Ministério Público peruano geraram fortes reações porque implicam importantes políticos, passando pela líder da oposição, Keiko Fujimor, o ex-presidente Alan García, e o próprio mandatário Pedro Paulo Kuczynski. O mais recente interrogatório ao qual foi submetido pelos procuradores peruanos realizou-se no marco das investigações pelos aportes de campanha que recebeu a bancada de Keiko Fujimori. Sobre este caso, Odebrecht assegurou que houve a entrega de dinheiro a favor do fujimorismo”.
LINK (em espanhol): http://bit.ly/2hvsL71
Maconha liberada para uso medicinal no Peru
G1 (16/11): “Maconha para uso medicinal é liberada no Peru”
“O consumo de maconha para fins medicinais está liberado no Peru a partir desta quinta-feira (16), após o presidente Pedro Pablo Kuczynski firmar a lei aprovada pelo Congresso, durante um ato público celebrado na sede do Poder Executivo. A lei que regulamenta “o uso medicinal e terapêutico” da maconha representa “um salto para a modernidade”, destacou o presidente sobre a medida, que promete aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida de pacientes com câncer, epilepsia e outras doenças.”
LINK (em português): https://glo.bo/2zIgab5
Eleições no Chile
RPP (13/11): “Assim estão as pesquisas a poucos dias das eleições presidenciais”
“A pesquisa difundida recentemente pelo Centro de Estudos Públicos (CEP), atribui a Piñera (Chile Vamos, direita) cerca de 34,5%, seguido de Alejandro Guillier (Fuerza de Mayoría, centro-esquerda) com 15,4%, e Beatriz Sánchez (Frente Amplio, esquerda) com 8,5 %. No quarto lugar, se localiza Marco Enríquez-Ominami (Partido Progresista), com 6,1%. Carolina Goic (Democracia Cristiana) registrou 3,0%. Nos últimos lugares ficaram o candidato José Antonio Kast (Independiente), com 2,2%, o senador do Partido Pais, Alejandro Navarro, com 0,5% e a carta do partido Unión Patriotica, Eduardo Artés, com 0,3%.”
LINK (em espanhol): http://bit.ly/2jyaFW7
Dívida venezuelana
El Mundo (15/11): “Venezuela acorda com a Rússia a reestruturação de sua dívida”
“Rússia e Venezuela assinaram hoje um acordo para a reestruturação da dívida de mais de 3 bilhões de dólares que o país latino-americano que o país latino-americano tem com Moscou. “A dívida com a Rússia foi refinanciada, ou seja, modificadas as condições de pagamento para otimizá-las”, informaram fontes diplomáticas venezuelanas. A assinatura ocorre depois de que a agência de classificação de risco Standard Poors (S P) declarou a dívida soberana de Caracas em estado parcial de “default”.”
LINK (em espanhol): http://bit.ly/2A2Xsfc
Tribunais especiais de paz aprovados na Colômbia
RCP (16/11): “Senado aprovou a JEP com participação política de FARC e inabilitação para magistrados”
“Depois de uma jornada de 12 horas de trabalho, o plenário do Senado da República aprovou a totalidade dos artigos da lei estatutária da Jurisdição Especial para a paz. A participação política das FARC, que era um dos temas mais polêmicos, recebeu a aprovação dos congressistas que respaldaram tal artigo e como indicou a Corte Constitucional.”
LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zKCGQS
BBC Mundo (13/11): “A UE retira definitivamente as FARC de sua lista de organizações terroristas”
“A União Europeia decidiu retirar de sua lista de organizações terroristas a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias de Colombia (FARC), convertidas no partido político Fuerza Alternativa Revolucionaria del Común (também FARC). A decisão foi tomada nesta segunda-feira no Conselho da União Europeia e se tornará efetiva na quarta-feira após ser publicada pelo boletim oficial da UE. Depois de mais de 50 anos de conflito interno, depois da assinatura de um acordo de paz com o governo da Colômbia no final de 2016, as FARC deixaram as armas neste anos, para depois converter-se em força política que participará das eleições legislativas e presidenciais em 2018.”
LINK (em espanhol): http://bbc.in/2hrxrdY
ARTIGOS E DEBATES DA ESQUERDA INTERNACIONAL
Processo independentista na Catalunha
Portal de la Izquierda (15/11): “Manifestação gigante e reorientação do independentismo”, por Alfons Bech
“O cenário está portanto aberto. As mobilizações destes últimos dias, particularmente a manifestação do dia 11, mostra que o soberanismo segue em pé, intacto. A ampla base popular é o mais forte e mais constante da revolta soberanista. No entanto, agora é consciente que não é suficiente esta massa de gente e sua abnegação para triunfar frente a um Estado repressor como o espanhol. Começam a surgir reflexões e declarações dos líderes independentistas nos quais se faz um balanço autocrítico pela ‘ingenuidade’ que tiveram. Não esperavam tal grau de repressão do Estado espanhol. Repressão que tivesse sido muito maior, com mortos provavelmente, ante um intento de exercer como República e implementar o resultado do referendo de 1 de outubro. Nem que Europa virasse a cara para essa vontade e permitisse violações tão evidentes dos direiots humanos num Estado da União”.
LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zNVDj2
Crise política no Zimbábwe
SWP (15/11): “Socialista zimbabuense responde ao ‘golpe palaciano’ que enfrenta o regime de Mugabe”
“As forças armadas zimbabuenses tomaram o controle da capital, Harare, e detiveram o presidente Robert Mugabe na primeira hora da manhã da quarta-feira. É o resultado de uma espira de crise política que enfrenta o regime, com facções rivais do partido governante Zanu PF que luta pelo poder. Mugabe demitiu o vice-presidente Emmerson Mnangagwa na semana passada numa tentativa de abrir espaço para sua esposa Grace Mugabe sucedê-lo, Mnangagwa, que fugiu de Zimbabwe, disse que voltará. O socialista zimbabuense Munya disse a Socialist Worker: “Esta é uma cristalização de uma luta de facções dentro da classe dominante e reflete uma crise econômica. Tudo se deteriorou significativamente nas últimas três semanas. Produziram-se importantes subidas de preços e alguns produtos não estão disponíveis’”.
LINK (em espanhol): http://bit.ly/2inyGMj
Movimentações da monarquia saudita
Sin Permiso (12/11): “O ‘Game of Thrones’ de MBS”, por Jamal Elshayyal
“Na versão saudita de ‘Game of Thrones’, o príncipe Bin Salman, de 32 anos de idade, está demonstrando que está disposto a provocar o caos em toda a região se assim exige seu ascenso à coroa saudita. Suas ações já destruíram o conselho de Cooperação do Golfo (CCG); Iêmen já não é um estado que funcione; Egito é uma bomba-relógio; e agora o Líbano pode entrar em erupção. Há muito com o que se preocupar.”
LINK (em espanhol): http://bit.ly/2yQFEQb
Giro de Trump pela Ásia
Viento Sur (15/11): “Tapete vermelho para o Império Americano?”, por Khury Petersen-Smith
“Em geral, a dinâmica da militarização – que os EUA e seus aliados tem empurrado há anos – continuará após a viagem de Trump. O mesmo se pode dizer do crescente poder econômico e político da China, que continuará a enfrentar desafios para os EUA e o Japão. No entanto, esta não é a imagem completa. Um fator importante que se esconde nos bastidores quando Trump garante aliados dos EUA que seu apoio militar é a capacidade real de suas forças armadas. Por exemplo, a VII Frota, com sede em Yokosuka, Japão, e cuja área de responsabilidade está localizada no Pacífico, registrou uma série de colisões navais este ano, duas das quais mataram pessoas. Enquanto o comandante da frota, o vice-almirante Joseph Aucoin, foi detido em agosto após os incidentes, parece que eles são o resultado do fato de o pessoal da frota ser incapaz de lidar, uma vez que a marinha dos EUA intensificou sua atividade na região”.
LINK (em espanhol): http://bit.ly/2ANTLGg
Novo Presidente da República Tcheca
International Viewpoint (14/11): “O novo líder da República Checa é um sintoma triste de uma crise mais ampla”, por Dan Swain
“Para os esquerdistas checos que ficam fora desses partidos, os resultados apresentam um desafio e uma oportunidade. Eles precisarão combater Okamura e a extrema direita, e a demonstração instantânea contra ele que seguiu a eleição foi um bom começo. Mas, em meio aos destroços dos social-democratas, comunistas e verdes, a esquerda mais larga também deve pensar em alternativas. Os ativistas e escritores em torno de publicações como A2larm e grupos como Socialistická Solidarita podem se sentir pequenos e isolados, mas eles devem olhar para a Polônia, onde Razem começou com uma base pequena em uma situação em que a velha esquerda se desacreditou e ossificou e acabou ganhando meio milhão de votos. Há um longo caminho a seguir por enquanto, no entanto.”
LINK (em inglês): http://bit.ly/2zREhSF
Reforma Trabalhista na Argentina
Telesur TV (11/11): “Reforma neoliberal responde à agenda de governo Macri”
“Ao examinar o rascunho da reforma trabalhista, mostra os amplos benefícios para os empregadores para que possam contratar e demitir o pessoal sem qualquer inconveniente, uma redefinição do conceito de “trabalho”, a redução de prerrogativas judiciais para trabalhadores, lavagem de mão-de-obra, modalidades trabalho e extensão de licenças.”
LINK (em espanhol): http://bit.ly/2mzHRO0