Clipping do Observatório Internacional (24/11/2017)

Nos últimos dias, os destaques das manchetes internacionais observados pelo Clipping Semanal foram: o rompimento do duopólio político no Chile com a aparição da Frente Ampla, a explosão de um submarino na Argentina que colocou o Executivo em rota de colisão com as forças armadas, os novos capítulos do caso Odebrecht no Peru, o golpe palaciano no Zimbábue, as dificuldades de Merkel para formar um governo na Alemanha, a reorganização das forças políticas na Síria pela Rússia, o transcurso da crise política no Líbano e a violação dos direitos humanos nas Filipinas.

Na segunda parte deste trabalho, repercutimos entrevistas e artigos relativos à surpreendente ascensão da Frente Ampla no Chile, à queda de Mugabe no Zimbábue, aos preparativos dos soberanistas para as eleições de 21 de dezembro na Catalunha e às movimentações da família real saudita nas principais crises da Europa.

Uma ótima leitura a todos!

Charles Rosa – Observatório Internacional

Eleições no Chile

 BBC Mundo (19/11): “O ex-presidente Sebastián Piñera e o governista Alejandro Guillier vão para o segundo turno em dezembro”

 “O ex-mandatário Sebastián Piñera e o candidato governista Alejandro Guillier terão que voltar a se enfrentar nas urnas em 17 de dezembro, depois que ninguém obteve uma maioria de votos nas eleições deste domingo. Segundo dados do Serviço Eleitoral, Piñera, líder da nova coalizão de centro-direita Chile Vamos, e Guillier, representante do agrupamento governista de centro-esquerda Nueva Mayoría, encabeçam a lista dos oito candidatos que se apresentaram nos comícios, mas sem obter a quantidade de sufrágios necessários. Piñera, que governou o Chile entre 2010 e 2014, e que as pesquisas davam como potencial ganhador, só obteve 36,64% dos votos, enquanto Guillier alcançou cerca de 22,7%”.

 LINK (em espanhol): http://bbc.in/2j9dlWp

 El País (20/11): “Nova frente de esquerda revoluciona eleição do Chile e pressiona direita no segundo turno”

 “A maior surpresa foi trazida pela Frente Ampla, um grupo de esquerda liderado por alguns protagonistas da revolução estudantil em 2011. São tão jovens que não poderiam ser candidatos à presidência, porque não têm os 35 anos necessários, e escolheram para esse posto Beatriz Sánchez, uma conhecida jornalista, que conseguiu um resultado espetacular. As pesquisas lhes davam 8%, mas conseguiu 20%. Agora, seus votos são os mais desejados, porque tendem a ser direcionados para Guillier e assim evitar a vitória de Piñera. Seja qual for o resultado, o grupo de esquerda é popular e já marca a política chilena.”

 LINK (em português): http://bit.ly/2jTi2rq

 Teletrece (19/11): “Frente Ampla consegue 20 deputados e se consolida como terceira força”

“A nova referência logrou 20 deputados e um senador, o que a consolida como a terceira força política no Chile. Um dos maiores feitos se deu em Santiago, onde o deputado em exercício, Giorgio Jackson, não só conseguiu assegurar seu segundo período na Câmara, mas que além de arrastar dois postulantes do pacto: Gonzalo Winter (do Movimiento Autonomista, muito próximo a Gabriel Boric) e Natalia Castillo, de Revolución Democrática. Atrás ficou Alberto Mayol, apesar de obter cerca de 20 mil votos.”

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2hKVlkW

Explosão de submarino argentino

 AFP (23/11): “Comoção na Argentina depois de confirmada explosão de submarino desaparecido”

 “Familiares dos 44 familiares do submarino desaparecido faz oito dias no Atlântico Sul reagiram com dor e indignação ao informe da Armada Argentina nesta quinta-feira sobre uma explosão no mar no dia em que se perdeu contato com o submergível. “Vim pela primeira vez à base naval e acabo de me inteirar que sou viúva”,  disse Jessica Gopar afogada em lágrimas.”

 LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zx9n4Q

 

Corrupção no Peru

 

La Vanguardia (22/11): “Procuradoria do Peru realiza mandados de busca em 22 imóveis em investigação de caso Odebrecht”

 

“No Peru, o caso Odebrecht se centra em seguir o rastro dos 29 milhões de dólares que a companhia brasileira admitiu ante a Justiça estadunidense ter pagado em subornos a funcionários em troca de conseguir milionárias obras entre 2005 e 2014. Esse período abarca os mandatos presidenciais de Alejandro Toledo (2001-2006), quem tem uma ordem de captura por ter recebido um suposto suborno de 20 milhões de dólares; Alan García (2006-2011), incluído em investigações por subornos para o Metrô de Lima; e Ollanta Humala (2011-2016), encarcerado pelo suposto financiamento irregular de suas campanhas eleitorais”.

 

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2hXbkA5

 

 

Acordos da Bolívia com multinacionais petroleiras

 

Reuters (22/11): “Bolívia assina acordos de gás por 1,6 bilhões com Repsol e Petrobrás”

 

“Bolívia assinou acordos de exploração e produção de gás natural com a petroleira espanhola Repsol, a brasileira Petrobras, Royal Dutch Shell e Pan American Energy. Segundo informou o presidente Evo Morales espera-se que estes acordos deixem como resultado US$1,6 bilhões em investimento ao setor. Os acordos cobrem blocos nas áreas de gás Iñiguazú, San Telmo Norte e Astillero. Repsol, Shell e Pan American Energy participarão no consórcio Iñiguazú, enquanto que Petrobras será sócio nos outros dois. Várias unidades da estatal boliviana YPFB participarão em todos os projetos.”

 

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2A2N9qK

 

 

Eleições em Honduras

 

Pagina 12 (22/11): “Honduras, potencial foco de tensão”

 

“Neste domingo, 26 de novembro, ocorrerão eleições presidenciais, legislativas e municipais, simultaneamente. Nela participa o atual presidente de extrema-direita Juan Orlando Hernández e seu Partido Nacional, contra uma coalizão coordenada pelo ex-presidente Zelaya, e que postula como candidato à presidência a Salvador Nasralla, homem surgido nos meios de comunicação desportivos do país”.

 

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2mWG7id

 

 

Renúncia de Mugabe

 

The Guardian (22/11): “A renúncia de Mugabe marca o começo de uma nova era no Zimbábue”

“Robert Mugabe renunciou como presidente de Zimbábue com efeito imediato depois de 37 anos no poder, dando passo a uma nova era para um país tão incerto como esperançoso. O homem que governou com o controle de um autocrata durante tantos anos finalmente cedeu à pressão popular e política horas depois de que o parlamento iniciou um processo para acusá-lo. Havia se negado a abandonar o cargo durante uma crise de oito dias que começou quando os militares tomaram o controle a semana passada. Aferrado aos vestígios formais do poder, não pôde e não quis reconhecer que depois de tantos de domínio político, perdeu o controle de seu partido e de seu país”.

 

LINK (em inglês): http://bit.ly/2A0SEUB

 

BBC (22/11): “Quem é Emmerson Mnangagwa, o ‘crocodilo’ que acabou com a era Mugabe no Zimbábue”

 

“Não é segredo para ninguém no Zimbábue que há muito tempo Emmerson Mnangagwa, destituído recentemente do cargo de vice-presidente sob a acusação de “traição”, queria suceder Robert Mugabe no comando do país. E Mugabe parece ter brincado com seus sentimentos – promoveu Mnangagwa a posições de destaque no partido Zanu-PF e no governo, levando a especulações de que ele seria seu “herdeiro natural”, mas tratou de tirá-lo rapidamente de cena assim que mostrou mais claramente suas ambições. Tudo indica que a demissão fez Mnangagwa (pronuncia-se “Munangagua”) perder a paciência. E seus aliados dentro das forças de segurança intercederam em seu favor, uma operação que culminou na renúncia de Mugabe na terça-feira – e resultará na sua posse como presidente do país na próxima sexta-feira.”

 

LINK (em português): http://bbc.in/2zZRZ8t

 

 

The Zimbabwean Mail (20/11): “Como a China influenciou na saída de Robert Mugabe”

 

“Bem, nada pessoal. Apenas negócios. A fraca gestão da economia de Mugabe começou a prejudicar o investimento chinês, o que custará US $ 450 milhões somente neste ano. O governo da China queria permanecer leal a um velho amigo, mas não se sente satisfeito com a forma como seu dinheiro é gerido. Para a sorte deles, Bob não é o único filho da revolução com a qual os chineses têm um relacionamento especial. Eles também são bastante apaixonados por Emmerson Mnangagwa. Ele fez seu treinamento militar na China durante os anos 70.”

 

LINK (em inglês): http://bit.ly/2hZAHRC

 

 

 

Rússia, Turquia e Irã discutem plano de estabilização política para Síria

 

DW (22/11): “Putin, Erdogan e Rouhani mantêm conversações à medida que a oposição se reúne na Arábia Saudita”

 

“Os líderes discutiram uma solução diplomática para o conflito na Síria, enquanto a guerra contra o “Estado Islâmico” (IS) e os grupos rebeldes sírios decaem. Após as conversações, Putin anunciou os planos para um congresso que reúna figuras do regime e da oposição, que será realizado em Sochi, antes do início das negociações apoiadas pela ONU na próxima semana em Genebra.

Putin, Erdogan e Rouhani apresentaram planos para um acordo pacífico na Síria em uma declaração conjunta após a reunião. Os líderes sublinharam a necessidade de todas as partes no conflito libertarem todos os prisioneiros e reféns, entregando corpos e criando as condições para um cessar-fogo duradouro.”

LINK (em inglês): http://bit.ly/2AoO9WQ

 

Irã ganha projeção no Oriente Médio

 

El País (22/11): “Irã está vencendo na Síria como aliado de Assad e sua presença e influência no Líbano é cada dia maior”

 

“O tabuleiro do Oriente Médio encontra-se nesta situação: Arábia Saudita compartilha agora, nada menos que com Israel, a preocupação pelo auge iraniano e o fortalecimento de Hezbollah. No dia de hoje, é seguro que israelenses e sauditas falam, indiretamente, dessa comum preocupação que o explica quase tudo: a intervenção de uma coalizão árabe, financiada pelos sauditas na guerra do Iêmem, hoje um embaraçoso empate sobre o terreno; a vitória do regime de Assad na Síria; o absurdo, e fracassado, boicote ao emirado do Catar por negar-se a aceitar o desenho regional saudita; e, em definitivo, a proeminente de Hezbollah no Líbano”.

 

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2BhlIYj

 

Crise política no Líbano

 

The Guardian (21/11): “Saad Hariri retorna ao Líbano depois de renúncia surpresa”

 

“No Líbano, dividido durante mais de uma década entre um bando pró-saudita e uma aliança respaldada por Teerã, o processo de sucessão geralmente leva meses de disputas políticas. Mas as discussões também apontam lograr um equilíbrio entre as diversas comunidades religiosas do país. Como parte do sistema presidencial-parlamentar do Líbano, o primeiro-ministro deve ser um muçulmano sunita, o presidente um cristão maronita e o presidente do parlamento um muçulmano xiita. Há mais de uma semana, Hariri disse que podia retirar sua renúncia se o Hezbollaz se retirasse dos conflitos regionais, inclusive na Síria”.

 

LINK (em inglês): http://bit.ly/2hXLnQQ

 

 

Al Jazeera (23/11): “Qual o passos seguintes do Líbano agora que Hariri voltou”

 

“O segundo fator é o uso saudita da ameaça iraniana como uma distração de sua agitação interna e sua genuína frustração com a crescente influência de Teerã no Levante e no Iêmen. O governo dos Estados Unidos considerou a movimentação saudita no Líbano como um desafio a seu enfoque regional, o governo israelense não tem planos de abrir uma frente adormecida no sul do Líbano para comprazer Riad. E Irã se sentiu suficientemente cômodo para resistir à onda saudita. Tanto Washington como Riad intensificaram a retórica contra o regime iraniano. No entanto, os funcionários sauditas não podem envolver-se na Síria e escalar no Líbano ou pedir a seu principal aliado sunita em Beirute suportar sozinho o fardo de enfrentar e negociar com o regime iraniano”.

 

LINK (em inglês): http://bit.ly/2A0Cj4T

 

Violação dos direitos humanos na Filipinas

 

Reuters (21/11): “ONU repreende o presidente da Filipinas e altos funcionários do Burundi por ameaças”

 

“Mais de 3.900 filipinos foram mortos no que a polícia chamou de autodefesa após suspeitas de drogas armadas resistiram à prisão na campanha de 16 meses. Os críticos dizem que as execuções estão ocorrendo com zero responsabilização, acusações que a polícia rejeita. Callamard, relatora especial da U.N. sobre execuções extrajudiciais, é uma perita independente que reporta ao Conselho de Direitos Humanos da U.N. Sua visita planejada às Filipinas em dezembro passado foi cancelada porque ela se recusou a aceitar as condições de Duterte. Recentemente, ela também foi submetida a uma “tentativa de abuso on-line, incluindo ameaças físicas, durante o que parece ser uma operação prolongada e bem orquestrada na Internet e nas mídias sociais”, disse Colville.”

 

LINK (em inglês): http://reut.rs/2A2Fdpc

 

Dificuldades de Merkel para forma coalizão de governo

 

NY Times (20/11): “Em crise, Angela Merkel prefere novas eleições a governo de minoria”

 

“A chanceler Angela Merkel, da Alemanha, enfrenta a maior crise de sua carreira, depois que as negociações para formar um novo governo entraram em colapso, agitando um país que é a âncora política e econômica da Europa. A ruptura aumentou abruptamente a perspectiva de novas eleições na Alemanha. Chegou menos de dois meses após as últimas eleições parecerem assegurar que a Sra. Merkel, um ícone da democracia ocidental e dos valores, continuasse a ser o líder da Alemanha por um quarto mandato. O chanceler disse que ela permaneceu esperançosa sobre formar um governo majoritário. Mas, se forçada a escolher, disse Merkel, preferiria passar por novas eleições ao invés de tentar liderar um governo minoritário.”

 

LINK (em inglês): http://nyti.ms/2z8K5pD

 

Processo eleitoral na Catalunha

 

ABC.es (22/11): “JpC e ERC concordam em estacionar a independência unilateral para as eleições na Catalunha”

 

“Não deixarão de reivindicar a secessão da Catalunha, mas não levarão em seus programas eleitorais do 21-D ir até as últimas consequências unilaterais. Junts per Catalunya (PDECat y Convergència) e ERC têm um princípio de acordo que se concretizará em vários pontos comuns refletidos em seus programas eleitorais. Um acordo que a CUP se apressou a qualificar como “retrocesso”, já que os antissistema seguem defendendo saltar-se as leis constitucionais para chegar a seu objetivo de ver uma Catalunha independente do resto da Espanha”.

 

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2BhKh7s

 

Volta de Berlusconi ao páreo eleitoral na Itália

 

El País (22/11): “O ex-primeiro-ministro, pendente do Tribunal de Estrasburgo, protagoniza um novo regresso político que lhe permitirá ser decisivos nas eleições da primavera”

 

“Perdeu 10 quilos, é vegetariano e sua aposta política consiste hoje em estender pontes. Quatro primeiros-ministros depois, uma selvagem crise econômica, uma inabilitação e dezenas de tormentas às quais nenhum político de carne osso teria sobrevivido, Silvio Berlusconi (Milão, 1936) segue de pé. A letra desta canção, à margem de como soa a música, recorda que foi o último presidente do Conselho de Ministros eleito numas urnas na Itália e que, apesar de não poder apresentar-se como candidato – nesta quarta-feira se celebra uma vista crucial em Estrasburgo -, voltará a ser decisivo nos comícios da primavera. A direita e Matteo Renzi necessitarão dele para governar. Itália e Europa, confusas com o auge do Movimento 5 Estrelas, começam a considerá-lo um mal menor”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zkSeag

 

Protesto de médicos na Grécia

 

Euronews (23/11): “Centenas de médicos manifestam-se na Grécia”

 

“Centenas de médicos e funcionários de hospitais nacionais gregos exigem contratos de trabalho estáveis e permanentes, ao invés de contratos de tempo incerto ou contratos a “part-time”. As manifestações surgem depois do governo grego ter chumbado o acordo que tranSformava os contratos temporários em contratos permanentes. Ilias Sioras, representante dos funcionários dos hospitais, diz que a situação no setor da saúde, tal como ela está, “só nos faz regredir décadas”.”

 

LINK (em português): http://bit.ly/2mXlGBw

 

 

Crise política na Eslovênia

 

The Guardian (23/11): “Primeiro-ministro da Eslovênia enfrenta processo de impeachment após apoiar refugiado”

 

“O primeiro-ministro da Eslovênia, Miro Cerar, um dos poucos líderes liberais da Europa Central e Oriental, está enfrentando um processo de impeachment por causa de seu apoio a um sírio solicitante de asilo que enfrenta a deportação. Se o partido de oposição de direita do país for bem sucedido em sua moção, Cerar, o líder do partido centrista moderado, poderia ser demitido no cargo pelos deputados eslovenos, embora as fontes do governo insistam que o primeiro ministro tenha apoio suficiente no parlamento para ganhar a votação.”

 

LINK (em inglês): http://bit.ly/2A1Nj1w

 

 

Uber sob investigação

 

NY Times (22/11): “Uber escondeu o ‘hackeamento’ de dados de usuários e pagou aos atacantes para que apagassem os dados”

 

“Uber revelou na terça-feira que piratas informáticos tinham roubado 57 milhões de contas de condutores e passageiros; a empresa decidiu manter o ataque em segredo por mais de um ano depois de pagar um resgate de 100 000 dólares. O acordo foi organizado pelo chefe de segurança da companhia e contou com a supervisão do ex-presidente executivo, Travis Kalanick, segundo vários empregados atuais e antigos que falaram sob a condição de anonimato porque os detalhes da operação são privados”.

 

LINK (em espanhol): http://nyti.ms/2B4mNS8

 

 

EUA retiram proteção migratória de haitianos

 

El País (21/11): “EUA retira a proteção migratória de 59 000 haitianos e abre a porta para a sua deportação”

 

“O governo Trump anunciou nesta segunda-feira o fim de um programa migratório especial que evitava a deportação de milhares de haitianos dos EUA. Os cerca de 59 000 beneficiários do Status de Proteção Temporal (TPS, em sua sigla inglesa) para Haiti têm 18 meses, até julho de 2019, para regressar a seu país ou buscar uma alternativa para residir legalmente nos EUA. A partir de então, serão considerados imigrantes indocumentados e poderão ser deportados. A decisão, que se especulava há algum tempo, se insere na política de mão dura migratória do governo do republicano Trump. Há duas semanas, a Administração anunciou o fim do TPS para 5300 imigrantes nicaraguenses que dispõem até janeiro de 2019 para sair do país ou conseguir permissão de residência”.

 

 

ARTIGOS E DEBATES DA ESQUERDA INTERNACIONAL

 

 

Crescimento da Frente Ampla no Chile

 

Viento Sur (23/11): “O resultado da Frente Ampla desordenou o panorama político no Chile”, entrevista com Luis Thielemann

 

“Se a Frente Ampla buscava alterar a harmonia na correlação de forças central que predominou no Chile por quase três décadas desde os anos finais da Ditadura, ainda não conseguiu isso. Mas o domingo deu um grande passo nesse rumo: instalou a incerteza eleitoral, não só para o segundo turno, mas para vários anos no Chile. Desta forma, a Frente Ampla passou de ser um ator desapercebido pelas forças tradicionais da política a ser o terceiro ator político de um sistema acostumado a só dois jogadores. E não é um terceiro ator qualquer, mas um cujo programa se baseia nas grandes lutas sociais antineoliberais das últimas décadas, o que em si é subversivo, pois coloca sua centralidade em posições sociais ante uma política muito ensimesmada e blindada ante interesses de classe que não sejam os do grande empresariado”.

 

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2i3SAPx

 

 

 

Renúncia de Mugabe

 

Porta de la Izquierda (22/11): “Pode a gente comum conquistar suas demandas após a renúncia de Mugabe?”, por Tomáš Tengely-Evans (SWP)

 

“Um membro da ISO disse ao Socialist Worker: “Havia festa na rua, um sentimento de celebração, embora Mugabe ainda não tivesse ido”. Esta precisa ser uma oportunidade para derrubar todo o regime, não apenas substituir Mugabe por Mnangagwa e os militares. As seções da classe dominante estão agora a pressionar por uma “grande coalizão” da facção de Mnangagwa, dos militares e do Movimento para a Mudança Democrática (MDC). Embora fundado pelos sindicatos, o MDC agora apoia o neoliberalismo. A classe trabalhadora terá que afirmar demandas independentes para evitar esse perigo.”

 

LINK (em inglês): http://bit.ly/2zl3IL8

 

 

Dificuldades para a formação do governo na Alemanha

 

Viento Sur (23/11): “Depois do fracasso do chamado projeto ‘Jamaica’”, por Manuel Kellner

 

“Uma coisa é clara: posto que todos os outros partidos estão de acordo sobre o fundo numa política antissocial, belicista e ecologicamente irresponsável, será necessário que o Partido Die Linke (A Esquerda, com  9,2% dos votos e 69 cadeiras no Bundestag) se descole claramente dos outros e desenvolva uma alternativa anticapitalista radical, investindo-se na construção de movimentos extra-parlamentares para impulsionar soluções solidárias e emancipadoras”.

 

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zkLlpz

 

 

Catalunha

 

Portal de la Izquierda (19/11): “Frente ativa e democrática contra o 155”, por Miguel Salas

 

“As eleições de 21-D significarão mudanças no panorama política. Caso ganhem as forças independentistas e soberanistas será preciso encontrar novas iniciativas para avançar rumo à república catalã; caso ganhem as propostas de PSC, Ciudadanos e o PP a incerteza sobre a mesma autonomia catalã geraria uma situação dificilmente governável. Seja qual for a decisão eleitoral, seguirá sobre a mesa libertar os presos políticos e levantar a aplicação do artigo 155 e a necessidade de uma frente dos que defendem os direitos e as liberdades e a soberania do povo, e também o direito de exercer a autodeterminação. Se a crise atual não é um tema só catalão mas que incumbe todo o Estado essa frente democrática teria que contar com a solidariedade do conjunto dos povos da Espanha, como já se expressou em algumas partes. Não é uma coisa dos daqui ou dos de lá, o ataque aos direitos e liberdades afeta a todos e todas.”

 

 

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2BkbR3O

 

 

Mudança de liderança no Sinn Fein

 

Esquerda.net (21/11): “Gerry Adams vai deixar a liderança do Sinn Féin em 2018”

 

“O nome apontado como favorito à sucessão de Adams é o da sua vice-presidente, Mary Lou McDonald. A mudança de líder representará assim também uma transição geracional para alguém cujo passado político não está associado ao período do conflito armado. Caso se confirme a escolha, o Sinn Féin passará a ter duas mulheres na liderança do partido nos dois lados da fronteira, uma vez que Michelle O’Neill já lidera o partido na Irlanda do Norte. O anúncio de Gerry Adams foi recebido com emoção pela conferência, que entoou de seguida uma canção de resistência com o refrão “bem-vindo a casa”.”

 

LINK (em português): http://bit.ly/2B7hEJi

 

 

Oriente Médio

 

 

Jacobin Magazine (22/11): “Os sauditas irão para a guerra?”, por Daniel Lazare

 

 

“Enquanto ISIS e a Al Qaeda parecem estar indo para a derrota na Síria e no Iraque, ambos poderiam ver uma mudança em suas fortunas se a Arábia Saudita se tornar o próximo campo de batalha estado-cum-imperialista. Como uma série de historiadores de Ibn Khaldun a Friedrich Engels a Perry Anderson apontaram, praticamente todas as dinastias muçulmanas começaram como federações tribais do deserto lutando por um Islã revivificado. Foi o que o clã saudita fez em meados do século XVIII quando se juntou com um pregador fundamentalista chamado Muhammad ibn Abd al-Wahhab e começou a conquistar o interior do deserto. E é o que a Al Qaeda e o ISIS estão fazendo hoje.”

 

LINK (em inglês): http://bit.ly/2mZCmsg

 

 

Sin Permiso (18/11): “Tambores de guerra no Líbano”, por Yassamine Mather

 

“A saga política que implica o Líbano, Arábia Saudita e Irã segue sendo notícia e estamos muito longe de uma solução. Entretanto, a guerra no Iêmen – cenário de outra guerra interposta entre Irã e Arábia Saudita – está entrando numa fase mais perigosa. Cerca de 10 000 iemenitas morreram nos combates, enquanto a população está sendo vítima das sanções sauditas, que impedem que alimentos e remédios cheguem à população, ao mesmo tempo que bloqueia a fuga dos iemenitas do país”.

 

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2iMa5ki

 

China

 

International Viewpoint (20/11): “Um assunto infeliz: as fortunas cambiantes de China e Hong Kong fundaram projeto de mega-resort no Bahrein”, por Robin Lee

 

“Em abril de 2017, a primeira parte do Baha Mar, uma mega-resort de luxo de mil hectares nas Bahamas, que eventualmente consistirá em vários hotéis, um cassino de 100,000 pés quadrados, um campo de golfe, spas, lojas e restaurantes, construído pela China Construction América, finalmente abriu. O evento foi marcado por uma cerimônia de corte de fita atendida pelo então primeiro-ministro das Bahamas, Perry Christie, que rotulou a abertura, “o evento de desenvolvimento econômico mais significativo que já aconteceu em uma única fase nas Bahamas e no Caribe”.”

 

LINK (em inglês): http://bit.ly/2BkEBJY

 

Chomsky

 

Rebelion.org (24/11): “Nossa sociedade se enfrenta a três grandes crises”

 

“O cientista político e linguista norte-americano Noam Chomsky fechou as obras do City of Ideas Festival, também conhecido como “Das mentes brilhantes”, alertando sobre três crises que ameaçam a humanidade, a moral que leva à desumanização; a mudança climática que já está aqui e a possibilidade de uma pandemia.”

 

LINK (em espanhol): http://www.rebelion.org/noticia.php?id=234488