Clipping do Observatório Internacional (21/01/2018)
Clipping Semanal do Observatório Internacional da Fundação Lauro Campos – 21/01
ARTIGOS E NOTÍCIAS DA IMPRENSA MUNDIAL
1 ano de Governo Trump
BBC (19/01): “Dez coisas que mudaram com Donald Trump nos Estados Unidos em sua primeiro ano como presidente” (em espanhol)
Um quarto do mandato presidencial de Donald Trump já passou, tempo suficiente para julgar seu desempenho até agora. Houve promessas cumpridas, promessas quebradas e promessas ignoradas. Além disso, o presidente chega a seu primeiro aniversário com 39% de aprovação nas pesquisas, o menor de todos os presidentes dos EUA. em seu primeiro ano. Mas alguma coisa mudou nos Estados Unidos com as políticas de Donald Trump? Ele é um homem de negócios sem experiência política que, quando chegou a Washington, disse que “causaria um impacto”. Ele conseguiu?
El País (20/01): “Administração dos EUA fica paralisada por falta de de acordo no Senado sobre imigração” (em português)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sofreu na madrugada deste sábado sua maior e mais humilhante derrota. Justo ao se completar um ano de sua posse, ele se tornou o primeiro mandatário do país a ver sua Administração paralisada apesar de ter o controle do Congresso. Castigado em bloco pelos democratas, que votaram contra a prorrogação de recursos federais, Trump colheu o amargo fruto de sua incapacidade para o diálogo, sua obsessão com o muro e seu desprezo pelos dreamers, cujo destino quis usar como moeda de troca. “Ele foi o culpado de que não haja acordo, e não o seu partido”, afirmou o líder democrata, Chuck Schumer. As negociações serão retomadas neste sábado.
Protestos na Romênia
The Guardian (19/01): “A Romênia se preparou para grandes protestos contra o “grande passo para trás” sobre o estado de direito“, (em inglês)
A Romênia está dando o maior passo atrás no Estado de Direito desde que se juntou à União Européia, um ex-ministro da Justiça advertiu antes do que poderiam ser os maiores protestos de rua em um ano neste fim de semana em Bucareste. Monica Macovei, que foi arquiteta da política anticorrupção da Romênia quando era ministra da Justiça em 2004-07, disse que as mudanças introduzidas para trazer o país para a UE estavam sendo desmanteladas.
Catalunha
Reuters (17/01): “Parlamentares catalães elegem político pró-independência para presidente do Parlamento regional“, (em português)
Parlamentares da Catalunha elegeram nesta quarta-feira o político pró-independência Roger Torrent como presidente do Parlamento regional, em um sinal de fortalecimento para partidos que buscam a separação do restante da Espanha. Torrent era o candidato favorito dos dois principais partido pró-independência, Juntos pela Catalunha e Esquerda Republicana da Catalunha.
Corrupção na América Latina
La Republica (21/01): “Papa fala sobre escândalos da Odebrecht na América Latina“, (em espanhol)
Da capital do Peru, um dos países polvilhados pelos escândalos de suborno da empresa brasileira, o pontífice disse que a política na América Latina está “muito, muito em crise” por causa da corrupção. Durante uma conversa com os bispos do Peru no palácio do arcebispo, ele considerou que o escândalo desencadeado pela empresa Odebrecht é uma “pequena história” de práticas corruptas na América Latina.
Equador
Pagina 12 (20/01): “Os ex-aliados estão rompidos“, (em espanhol)
Moreno, que sucedeu Correa em 24 de maio, manteve uma feroz batalha com seu antecessor, uma disputa que chegou a dividir o movimento que ambos fundaram, Alianza País (AP). Cerca de trinta membros da assembléia se desfilaram da AP após a decisão de 15 de janeiro do Contencioso Tribunal Eleitoral (TCE), que ratificou os líderes de Moreno na administração do partido, em detrimento da linha correísta.
Zimbábwe
The Guardian (19/01): “Presidente do Zimbábwe promete eleições limpas e justas em cinco meses” (em inglês)
O presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, anunciou que as eleições serão realizadas dentro de “quatro a cinco meses”, a primeira desde o fim do governo de 37 anos de Robert Mugabe no ano passado. Mnangagwa, que foi empossado depois que Mugabe foi forçado a renunciar após uma tomada militar em novembro, também reafirmou a promessa de que as eleições seriam “livres, confiáveis, justas e indiscutíveis”.
ARTIGOS E DEBATES DA ESQUERDA INTERNACIONAL
Legalização da maconha
Esquerda.net (13/01): “Partidos conservadores e a cannabis medicinal“, por Francisco Louçã (em português)
Os partidos mais conservadores exibiram no Parlamento uma indignação incontida: a utilização médica da canábis, para tratamentos prescritos por médicos em casos de cancro ou outras patologias em que a droga alivia o sofrimento, seria um cavalo de Tróia para promover o uso recreativo da substância. Curioso argumento, para os partidos conservadores é aceitável utilizar um opiáceo, como a morfina, mas nunca um derivado da canábis, porque haveria o risco horrível de o doente com dor crónica ou cancro apreciar o medicamento. Acresce que o argumento de que os proponentes defendem também o uso recreativo é bizarro: usar essa razão para recusar o uso medicinal é como recusar uma proposta do PCP sobre o salário mínimo ou do CDS para o fim da taxinha sobre as mais-valias só porque ambos pensam isto ou aquilo sobre o IRC.
Austeridade
Sin Permiso (21/01): “O FMI afogou a Tunísia. Não é de se estranhar que o povo proteste“, por Jihen Chandoul (em espanhol)
A Tunísia tem enfrentado protestos em todo o país devido ao aumento de preços e impostos desde o dia 3 de janeiro, o aniversário dos “tumultos de pão” que ocorreram em 1984 sob o regime de Habib Burguiba. Como no caso da atual turbulência, esse recrudescimento foi desencadeado pela intervenção nos assuntos do país pelas instituições financeiras, bem como pela subsequente reviravolta que causou para a subsistência dos tunisianos, especificamente, o aumento dos preços da economia. pão e trigo após a adoção do plano do FMI.
Chile
Sin Permiso (21/01): “Chile: a esperada e frustrante visita do Papa Francisco“, por Horacio Brum, Aejandra Carmona Lopez (em espanhol)
Na praça em frente ao La Moneda, o papa também falou para fazer conformistas com os conservadores. Criticou os dogmatismos exclusivistas, uma acusação que a direita freqüentemente faz à nova esquerda diante de um embaixador, e enviou uma mensagem contra a lei já existente sobre o aborto (que descriminalizou essa prática em casos excepcionais e que Sebastián Piñera pretende rever), exortando Os chilenos devem tomar “uma opção radical pela vida, especialmente em todas as formas em que ela é ameaçada”. Vale ressaltar que, para não assustar os escassos cabelos papais, o próprio socialista Fidel Espinoza, presidente da Câmara dos Deputados, suspendeu o tratamento da lei de identidade de gênero no tribunal. Seu argumento: “Eu não vou me emprestar para gerar uma polêmica com um tópico que é altamente sensível para a Igreja”.
Venezuela
Aporrea (21/01): “Colapso econômico, desenlace político e resistência contra a fome“, Marea Socialista (em espanhol)
Temos que estar preparados para qualquer um dos cenários políticos que surjam. A luta política, incluindo a luta eleitoral, apesar de manipulações e métodos fraudulentos, apesar da repressão e do autoritarismo, permitirá construir uma referência política nacional, reconstruir um projeto de país com horizonte emancipador e tornar visível para grandes setores da população um chamado de esperança e luta.