Via Liga Internacional Socialista
Esta manhã (21/09), ocorreram detenções de ativistas, principalmente do Sindicato Independente da Bielorrússia (BNP). As forças da ordem vasculharam o apartamento de um dos dirigentes do Sindicato Independente dos Trabalhadores de OJSC “Naftan”. Ao mesmo tempo, outros ativistas do sindicato foram presos nas cidades de Navapolatsk, Hrodna e Zhlobin.
Olga Britikova foi presa e equipamentos de informática apreendidos. Logo após foi liberada. Em Navapolatsk, dois sindicalistas foram presos: Andrei Berezovsky e Roman Shkodin, nos termos do Artigo 19.11. Eles não tiveram a possibilidade de pagar multa e tiveram um período de 7 e 15 dias de prisão administrativa. O escritório do sindicato de Navapolatsk foi submetido a uma varredura completa.
Para muitas detenções, as autoridades apelam falsamente ao uso do Artigo 19.11 do KOAP da Bielorrússia: “Distribuição, fabricação, armazenamento, transporte de produtos de informação que contenham convocatórias para atividades extremistas ou que promovam tais atividades”.
As prisões também aconteceram nos dias anteriores. No dia 20, o presidente do BNP, Máxim Poznyakov, também foi levado preso ao departamento de polícia de Novopolotk. Conseguiram libertá-lo mas a custa de uma multa por uma antiga publicação nas redes. Poucos dias antes, Máxim discursou no Congresso da #IndustriALL sobre a situação dos trabalhadores bielorrussos nos direitos trabalhistas e sindicais.
Outros detidos foram: Valentin Terenevich, Vice-Presidente da Organização Sindical Primária do BNP, em JSC Grodno, Azot, que trabalha na fábrica “Khimvolokno”. No fim de semana também foi detido Andrei Pogerilo e Uladjd Uladj Zhuravko, membros do BNP, sem esclarecer os reais motivos da medida. Por sua vez, Aliaksandr Gashnikov foi preso em Zhlobin. Ele havia desaparecido na noite de sexta-feira e só foi encontrado no dia 21 em Rovd.
Trata-se de uma campanha de perseguição e acusações orquestradas pelo regime de Alexandr Lukashenko contra os trabalhadores, ativistas e as organizações independentes. Essas atitudes revoltaram o Sindicato Independente, que publicou uma nota informativa e anunciou que haverá manifestação em resposta aos acontecimentos. É necessária a mais ampla solidariedade com os militantes sindicais perseguidos, pela liberdade dos detidos, pelo direito de se expressarem e opinarem livremente e pela anulação das acusações e condenações.