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O Clipping desta semana destaca a eclosão de diversas rebeliões populares pelo mundo nas últimas semanas: a fúria juvenil no Chile contra o aumento das passagens de Metrô, a revogação do pacotaço neoliberal de Lenín Moreno no Equador, as marchas multitudinárias contra o presidente no Haiti, o tsunami independentista na Catalunha, a persistência dos jovens de Hong Kong por mais democracia e a primavera no Líbano contra a elite política.

Selecionamos também matérias sobre os seguintes assuntos internacionais: as eleições gerais na Bolívia e no Canadá, protestos na Colômbia contra a proposta de reformas neoliberais do governo Duque, a condenação de familiares do presidente de Honduras por envolvimento com narcotráfico; o significativo apoio de Alexandria Ocasio-Cortez a pré-candidatura de Bernie Sanders, o cessar-fogo da ofensiva turca contra os curdos no norte da Síria; o aprofundamento do impasse do Brexit no Reino Unido, as recentes derrotas eleitorais da extrema-direita no Leste Europeu e a contestação por parte da oposição das recentes eleições em Moçambique.

Notícias e artigos da imprensa internacional

Rebelião popular no Chile

CLARIN (19/10): “Dez chaves para entender a surpreendente crise no Chile” (em espanhol)

Os protestos eclodiram pelo aumento na tarifa do metrô. Mas, na realidade, e apesar do bom nível econômico chileno, há um mal-estar mais profundo pela desigualdade e o custo dos serviços e da saúde para os setores mais pobres.

LA TERCERA (19/10): “Piñera anuncia a suspensão o aumento das passagens do Metrô depois de fortes jornadas de protestos” (em espanhol)

Mandatario disse que a suspensão no aumento das passagens requerirá a aprovação de uma lei, até que “consigamos um acordo que nos permita proteger melhor a nossos compatriotas frente a aumentos bruscos ou inesperados no preço do dólar ou do petróleo”.

EL PAÍS (20/10): “Os chilenos desafiam o toque de recolher e os distúrbios deixam ao menos três mortos” (em espanhol)

Os distúrbios continuam neste domingo. Ocorreram saques e enfrentamentos com a força policial em diferentes cidades do país. O Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) informou que há pelo menos 22 pessoas vítimas de uso abusivo da força. Os helicópteros sobrevoam desde à noite Santiago de Chile, controlado por cerca de oito mil militares. Neste momento, outras quatro regiões do país —Valparaíso, Biobío, Coquimbo e O’Higgins— se encontram em estado de emergência, que implica restrições à liberdade de locomoção e de reunião dos cidadãos.

Vitória da mobilização popular no Equador

BBC Mundo (14/10): “Governo de Lenín Moreno revoga o decreto que eliminava o subsídio aos combustíveis e se anuncia o fim dos protestos” (em espanhol)

Lenín Moreno propôs à Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) a conformação de uma comissão que trabalhará na elaboração de uma nova norma para substituir o texto revogado.

LA VANGUARDIA (17/10): “O Governo do Equador iniciou uma perseguição ao correísmo, segundo jurista” (em espanhol)

 O Governo equatoriano acusou o correísmo, o movimento que lidera o ex-presidente Rafael Correa, de estar por trás da violẽncia registrada nos protestos da semana passada, o que para o advogado e ex-legislador do partido populista Fuerza Ecuador (FE) Ramiro Aguilar poderia cair numa estratégia de “perseguição política.

Protestos na Colômbia

EL TIEMPO (17/10): “Estudantes e trabalhadores voltaram às ruas” (em espanhol)

Os protestos tiveram várias motivações que impulsionaram distintos setores sociais a aglutinar-se para expressar seu inconformismo. Entre os membro da CUT e Fecode, os protestos têm como objetivo opôr-se às reformas previdenciária e trabalhista propostas pelo Governo e o que vêm denominando a “criminalização do protesto social”.

Primeiro turno das eleições bolivianas

EL DEBER (20/10): “Segundo turno entre Evo Morales e Carlos Mesa, segundo dados preliminares do TSE” (em espanhol)

Evo Morales volteu a ganhar as eleições no país, mas há um virtual segundo turno. A informação, da Transmissão de Resultados Eleitorais Preliminares (TREP) a 89,62%, indica que o MAS obtém 45,28% frente a 38.16% de Comunidad Ciudadana (CC) de Carlos Mesa.

LA RAZON (20/10): “Colômbia apresenta na Corte de Direitos Humanos solicitação de opinião consultiva sobre a reeleição indefinida” (em espanhol)

O MAS impulsionou uma reforma constitucional parcial para habilitar o presidente Evo Morales a uma nova repostulação que foi rechaçada no referendo de 21F de 2016, mas logo foi habilitada por um recurso constitucional apoiado no Pacto de San José.

Rebelião no Haiti

SPUTNIK MUNDO (18/10): “Nova jornada de protestos no Haiti altera homenagem a prócer da independência” (em espanhol)

Haiti viveu uma nova jornada de protestos para reclamar a renúncia do presidente Jovenel Moïse, que precisou modificar seu plano para comemorar o assassinato do prócer independentista Jean-Jacques Dessalines.

Envolvimento de presidente de Honduras com narcotráfico

PUBLICO (19/10): “Honduras e o narcoestado das coisas“, por Javier San Vicente Maeztu (em espanhol)

Em 18 de outubro, Juan Antonio “Tony” Hernández foi condenado numa corte de Nova York pelo delito de narcotráfico e falso testemunho. No juízo estão envolvidos como co-conspiradores Juan Orlando Hernández – JOH (atual presidente), Porfirio Lobo (ex-Presidente de Honduras 2010-14), Roberto Ordoñez (atual Ministro de Energia), vários policiais de alta patente e um grupo de narcotraficantes. Durante o julgamento vários narcotraficantes deram seu testemunho sobre o caso, confirmando um clamoroso rumor que percorreu Honduras nos últimos 10 anos: que, depois do golpe de Estado de 2009, o narcotráfico capturou a institucionalidade hondurenha.

LA PRENSA (19/10): “Manuel Zelaya, Salvador Nasralla e Luis Zelaya acordam criar uma coalizão” (em espanhol)

Os líderes políticos da oposição se reuniram neste sábado para concretizar a unidade da oposição e exigir a renúncia do presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández. De acordo com a aliança oposicionista, as ações de protesto nacional começam a partir de segunda-feira, 21 de outubro.

Imposição do narcotráfico no México

EL PAÍS (18/10): “O narco impõe sua lei em Sinaloa e exibe a debilidade do Estado mexicano” (em espanhol)

México voltou a assinar uma das páginas mais tristes de uma história de violência que acumula já demasiados volumes. A debilidade do Estado para combater o crime organizado ficou novamente em evidência nesta quinta-feira em Culiacán, a capital de Sinaloa, berço do cartel com o qual Joaquín El Chapo Guzmán, hoje encarcerado nos Estados Unidos, construiu um narcoimpério nas últimas décadas ante a incapacidade e inépcia, quando não cumplicidade, das autoridades. A detenção e posterior libertação de um de seus filhos na quinta-feira, a precipitação num operativo com mais dúvidas que certezas e os argumentos do presidente López Obrador revelam a falta de rumo para frear a violência que consome o país.

Corrida presidencial nos EUA

NY TIMES (19/10): “Proclamando ‘Eu estou de volta’, Bernie Sanders aceita apoio de Alexandria Ocasio-Cortez“, por Sydney Ember (em inglês)

O senador Bernie Sanders queria uma demonstração de força para convencer os eleitores de que estava de volta de seu ataque cardíaco, e produziu uma no sábado: em seu primeiro comício desde o episódio há apenas duas semanas e meia, ele se divertiu com um dos mais cobiçados apoios no Partido Democrata, da deputada Alexandria Ocasio-Cortez, de Nova York.

Eleições no Canadá

BLOOMBERG (19/10): “Liberais de Trudeau avançam antes das eleições de segunda-feira, mostra pesquisa” (em inglês)

O Partido Liberal do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau avançou com uma vantagem de dois pontos sobre seu rival conservador, dentro da margem de erro, de acordo com a última pesquisa realizada dias antes da eleição de segunda-feira. Uma pesquisa da Nanos Research constatou que 32,6% dos entrevistados eram favoráveis aos liberais como sua melhor escolha, contra 30,3% a favor do Partido Conservador liderado por Andrew Scheer. O Novo Partido Democrata ficou em terceiro com 18,4% de apoio.

Rebelião na Catalunha

NY TIMES (16/10): “Com a fúria catalã inflamada novamente, o que vem a seguir para a Espanha?” (em inglês)

A sentença na segunda-feira de 12 ex-líderes do movimento de independência da Catalunha por seu envolvimento em uma tentativa fracassada de romper com a Espanha em 2017 desencadeou dias de protestos e reacendeu tensões de longa data na região.

EL DIARIO (19/10): “Um governo em funções, outro dividido e todos os partidos em campanha: a tormenta perfeita do conflito catalão” (em espanhol)

A sentença do procés agravou a crise catalã em meio a um clima de instabilidade política com o Governo de Sánchez em funções; o de Torra, rachado pela metade e todos os partidos agitando a campanha eleitoral. O gabinete socialista concluiu há semanas que uma resposta dura ao independentismo aumentaria seu apoio eleitoral: Sánchez não atendeu o telefone neste sábado a Torra, enquanto PP, Ciudadanos e Vox exigem aplicar leis excepcionais. O Govern está dividido, com seu presidente muito questionado também entre uma parte do independentismo e ERC mede cada movimento, temeroso de que sua aposta pela moderação lhe faça perder votos a favor da CUP.

PÚBLICO.PT (19/10): “Bel Olid: “Quando as pessoas têm pouco a perder é difícil contê-las”” (em português)

A escritora Bela Olid diz que a sentença dos dirigentes independentistas da Catalunha fez transbordar um copo que já estava cheio. Acredita que se está a “criar muita rejeição face ao governo catalão”.

Impasse do Brexit

VOX (19/10): “Em Londres, centenas de milhares exigem outra chance de votar no Brexit” (em inglês)

Enquanto o Parlamento se reunia em Londres na manhã de sábado e votava para forçar um atraso no Brexit, centenas de milhares de manifestantes anti-Brexit marcharam pelas ruas da cidade exigindo aos cidadãos uma segunda chance de decidir se deveriam deixar a União Europeia.

Derrotas da direita populista na Europa

EL PAÍS (19/10): “Brexit, Polônia e Hungria: a luta das cidades contra o nacional-populismo” (em português)

As eleições recentes nos países do Leste mostram o impulso das urbes contra visões fechadas das sociedades ocidentais. Acontecimentos atuais mostram o vigor desse contraste em cenários políticos como o Reino Unido, a Polônia e a Hungria, que, apesar das muitas diferenças entre o primeiro país e os outros dois, compartilham denominadores comuns de aumento do populismo e de exacerbação da defesa nacional.

Eleições contestadas em Moçambique

PUBLICO.PT (19/10): “Renamo acusa a Frelimo de fraude e quer eleições anuladas” (em português)

O segundo maior partido de Moçambique rejeita os resultados das eleições de 15 de Outubro e acusa o partido do governo de ter violado o acordo de paz. Comissão política reúne no domingo para decidir os próximos passos.

Ofensiva turca contra os curdos na Síria

THE GUARDIAN (17/10): “Pence e Erdoğan concordam com plano de cessar-fogo, mas curdos rejeitam ‘ocupação’” (em inglês)

O presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, concordou com o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, em suspender a operação de Ancara nas forças lideradas pelos curdos no nordeste da Síria pelos próximos cinco dias, a fim de permitir que as tropas curdas se retirem, potencialmente interrompendo o mais recente derramamento de sangue na longa guerra da Síria.

THE NEW YORKER (20/10): “Turquia, Síria, os curdos e o abandono de Trump da política externa“, por Robin Wright (em inglês)

Grande parte do mundo assistiu horrorizado, na semana passada, quando o presidente Donald Trump quebrou qualquer noção de uma política externa americana sã ou informada. Ele preparou o caminho para o presidente Recep Tayyip Erdoğan, da Turquia, invadir a Síria, abandonando os parceiros curdos da América nas Forças Democráticas da Síria, que haviam eliminado o califado do Estado Islâmico em março, depois de cinco anos de extenuante guerra. (Os EUA perderam onze mil soldados; os EUA perderam seis.) Erdoğan vê os curdos – o maior grupo étnico do mundo sem Estado – como terroristas, por causa de uma campanha separatista curda na Turquia. Após uma ligação telefônica com Erdoğan, Trump ordenou a retirada de mil soldados das Forças Especiais dos EUA, que estavam apoiando a S.D.F., apesar de as células isis dorminhocos ainda estarem travando uma insurgência na Síria e no Iraque. O retiro foi tão abrupto que os EUA tiveram que bombardear um depósito cheio de armas que não tiveram tempo de remover.

Rebelião popular no Líbano

EL MUNDO (18/10): “A revolução do Whatsapp incendeia as ruas do Líbano e exige a demissão do governo de Hariri” (em espanhol)

Batizaram-na como “a revolução do Whatsapp”. Dezenas de milhares de manifestantes saíram às ruas em diversas cidades do Líbano, bloqueado estrados e queimado pneus nesta sexta-feira, para exigir a demissão do Governo em pleno. Acusam a elite política de saquear o país e levá-lo à quebra econômica. A ira popular explodiu na quinta-feira quando as autoridades anunciaram a imposição de uma taxa para as mensagens instântaneas que oferecem aplicativos como Whatsapp.

AL JAZEERA (20/10): “‘O povo é um só’: libaneses se unem contra a elite política” (em inglês)

Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas do Líbano neste domingo nos maiores protestos dos últimos quatro dias, exigindo o fim dos problemas econômicos e a percepção de corrupção do governo.

Protestos em Hong Kong

EL PAÍS (20/10): “Novos enfrentamentos entre a polícia e manifestantes em Hong Kong” (em espanhol)

Dezenas de milhares de manifestantes saíram neste domingo às ruas de Hong Kong, desafiando o veto oficial e pela vigésima semana consecutiva, num protesto que concluiu em incidentes de violência e enfrentamentos entre a polícia e grupos dos participantes mais radicais. A Frente de Direitos Humanos e Civis, organizadora das principais manifestações pacíficas nos quatro meses de protestos em Hong Kong, havia convocado originalmente a marcha, no bairro comercial de Tsim Sha Tsui, a proibição de levar máscaras nas concentrações públicas. Mas dois ataques nesta semana contra dois ativistas antigoverno, nos quais ambos resultaram gravemente feridos, converteram a marcha numa queixa massiva contra a violência para com os manifestantes.

ARTIGOS E DEBATES DA ESQUERDA INTERNACIONAL

Independentismo catalão

SIN PERMISO (20/10): “A sentença incendeia a Catalunha: balanço de uma semana de mobilizações“, por Miguel Sala (em espanhol)

No conjunto do Estado, a campanha de imprensa, rádio e televisões contra o movimento catalão está cheia de mentiras e intoxicações. É preciso se esforçar para conhecer a verdade, por se informar dos fatos e escutar o que opina o povo. Se a verdade é sempre revolucionária, estes são alguns momentos nos quais a luta pela verdade é um instrumento básico de solidariedade e fraternidade entre as pessoas e os povos.   

PORTAL DA ESQUERDA EM MOVIMENTO (19/10): “Crônicas catalãs / 18-O: A sentença acelera a crise do regime de 78“, por Alfons Bech (em espanhol)

O que começa a estar em questão é um regime já em sua fase final. Os últimos suspiros de todo regime caduco costumam ser muito repressivos, mas também são os que acabam de decantar o povo que até então estava duvidando se somava-se à rebelião ou não. A juventude é a chama das revoluções.

VIENTO SUR (20/10): “‘O que fazer agora o independentismo? Aguentar, não fazer-se pequeno‘ – Entrevista com Jordi Muñoz” (em espanhol)

O que pode fazer agora o independentismo? Para mim, aguentar. E aguentar quer dizer não se fazer pequeno, falar com gente periférica, mobilizar-se e mostrar que o problema não desaparece com as condenações. Persistência e ir melhorando a correlação de forças. Disso isso assim porque às vezes se gera uma frustração excessiva por parte da gente que quer respostas já.

Rebelião popular no Chile

NUEVO SOCIEDAD (19/10): “Fogo e fúria no ‘oásis’ chileno”, por Noam Titelman (em espanhol)

O aumento do metrô foi a faísca de uma desobediência civil de amplas proporções. Mas a potência desta mobilização deixa ver que algumas placas tectônicas da transição, contida por uma Constituição da época da ditadura, estão se movendo. Novas gerações vêm se politizando e alguns pilares que se supunham imóveis estão sendo derrubados.

LE MONDE DIPLOMATIQUE (19/10): “Estado de mal-estar e desobediência civil“, por Juan Pablo Cárdenas S. (em espanhol)

O certo é que nosso neoliberalismo mais selvagem começa a fazer água frente ao crescente mal-estar social, quando um novo aumento nos preços dos combustíveis e da mobilização coletiva provocou a ira de centenas de milhares de trabalhadores cujos esquálidos ingressos já não toleram nem o mais mínimo aumento do custo de vida.

ATILIO BORON (20/10): “O tsunami chileno”, por Atilio Boron (em espanhol)

Em suma: no Chile se sintetizam uma explosiva combinação de livre mercado sem anestesia e uma democracia completamente deslegitimada, que dela somente conserva o nome. Degenerou numa plutocracia que, até há poucos dias – mas já não mais- medrava ante a resignação, desmoralização e apatia da cidadania, enganada habilmente pela oligarquia midiática sócia da classe dominante. 

Eleições na Bolívia

JACOBIN MAGAZINE (20/10): “A maré rosa da América Latina não acabou“, por Alvaro Garcia Linera (em inglês)

Nas eleições bolivianas de hoje, Evo Morales está concorrendo a um quarto mandato histórico como presidente. O vice-presidente Álvaro García Linera falou a Jacobin sobre como seu Movimento al Socialismo pode tornar sua revolução permanente – e impedir a ascensão da extrema direita na América Latina.

JACOBIN MAGAZINE (20/10): “Construindo uma Bolívia para a próxima geração“, por Adriana Salvatierra (em inglês)

Nas eleições de hoje, Evo Morales está concorrendo a outro mandato como presidente boliviano, depois de quase quatorze anos de reformas econômicas e democráticas. Mas seu Movimento pelo Socialismo também está dando poder aos jovens bolivianos para manter a revolução em andamento.

VIENTO SUR (20/10): “É a economia, estúpido“, por Fernando Molina (em espanhol)

Em que consistiram até agora as evonomics? Basicamente, na combinação de estatismo nas áreas estratégicas da economia, como o gás e a eletricidade; numa aliança com o setor privado a cargo das grandes (agro)industrias nacionais, o comércio de grande escala e as finanças; e num pacto de coexistência pacífica com a massa de pequenos empreendimentos artesanais e comerciais, que ocupa mais de 60% da força de trabalho, mas não cumpre com as leis laborais e impositivas do país. Esta é a economia plural que promove a Constituição e que se beneficiou em seu conjunto do superciclo das matérias primas que beneficiou a economia latino-americana entre 2004 e 2014. As diferenças com a gestão chavista da Venezuela são, como pode se ver, enormes.

Ofensiva turca contra os curdos

VIENTO SUR (17/10): “Catástrofe humanitária depois da ofensiva turca no noroeste da Síria“, por Leila al Shami (em espanhol)

A invasão turca recebeu a luz verde de Trump (e provavelmente também da Rússia) e segue ao abandono por parte dos EUA de suas aliadas, as Forças Democráticas Sírias (dominadas pela milícia curda), com as quais colaborou na luta contra o Estado Islâmico. Não é a primeira vez que os EUA abandonam a seus aliados na Síria, e não é provável que os que sofrem suas consequências esqueçam facilmente esta traição.

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