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Durante os últimos anos, o movimento de mulheres na Turquia acompanhou com grande interesse o processo de greve internacional de mulheres que se espalhou por dezenas de países do mundo. A mobilização internacional inspirou as mulheres na Turquia e no Curdistão do Norte e a ideia de organizar uma greve de mulheres na prática foi expressa durante o Encontro Nacional de Mulheres em 5 e 6 de janeiro em Istambul.

Mais de 1000 mulheres seguiram o slogan propostos por 165 organizações de mulheres e LGBTI+ sob o lema “As mulheres são fortes juntas” e se reuniram para discutir as tarefas do período, a experiência da luta das mulheres e as ações comuns. Em vários GTs, o debate da greve de 8 de março entusiasmou muitas organizações de mulheres. O crescimento da raiva e da rebelião das mulheres contra a dominância masculina em várias formas dá força às mulheres para levantarem a luta pela liberdade das mulheres.

Por esta razão, acreditamos que é importante dar voz às companheiras de cada país e fazer crescer nossa raiva juntas. Este ano, grandes manifestações ocorrerão nas principais metrópoles e cidades da Turquia e do Norte do Curdistão. Além disso, preparativos para uma greve de mulheres estão acontecendo em várias cidades. Em várias delas ocorreram assembleias para discutir as possibilidades de uma greve de mulheres e iniciar a mobilização. As primeiras ações da greve foi uma visita às mulheres da empresa Flormar, que foram demitidas por fazerem parte de sindicatos.

Como mulheres na Turquia, enfrentamos a política misógina de uma ditadura fascista político-islamista liderada por Erdogan. A vida das mulheres está sob ataque brutal e não é por acaso que a violência machista contra as mulheres aumentou sob a ditadura do AKP (partido de Erdogan). Lutamos contra as leis sexistas, contra o processo de alteração nas leis para perdoar os abusadores de crianças, contra todos os ataques ao nosso estilo de vida. É por isso que a nossa marcha noturna de 25 de Novembro foi atacada pela polícia, mas a nossa resistência continua. Lutamos contra a pobreza das mulheres e contra a exploração do trabalho feminino, especialmente nas condições de crise econômica.

Defendemos a greve de fome iniciada por Leyla Güven, deputada do HDP, e que agora se espalha por todas as prisões, a fim de quebrar o isolamento e derrotar o fascismo. Também defendemos a revolução das mulheres de Rojava contra qualquer tipo de ataque machista e fascista, que é um direito de todas as mulheres do mundo.

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