1.
O início de 2021 trouxe consigo o agravamento da crise sanitária no país. Uma “Segunda Onda”, com um vírus mutante, muito mais contagioso e letal que a anterior, vem semeando morte e desolação principalmente nos setores mais vulneráveis da população. Os relatos são dramáticos, o número de infectados e as mortes estão aumentando a um ritmo vertiginoso. Os hospitais e os centros de saúde entraram em colapso, não há leitos na UTI. Os trabalhadores da saúde, médicos e enfermeiros estão exaustos e não há pessoal substituto suficiente e não há equipamento de biossegurança suficiente. Vemos longas filas de balões vazios nas ruas, com pessoas dormindo ao seu lado esperando para obter o oxigênio do qual depende a vida de um ente querido, as clínicas, laboratórios e farmácias estão de volta para fazer suas coisas, oferta e demanda, ou seja, o mercado livre é novamente imposto às vidas dos doentes.
Parece que estamos em um momento muito mais sério e crítico do que em março, abril do ano passado. Durante esses onze meses que duraram a “Primeira Onda”, nem o Executivo nem o Legislativo aprenderam nada, eles não planejaram ou tomaram medidas preventivas para diminuir o impacto da “Segunda Onda”, embora já se falasse dela em outros países europeus, por isso os problemas da “Primeira Onda”, hoje são dramaticamente recriados na “Segunda Onda” e aparentemente sem saída a curto prazo.
O governo acaba de anunciar uma série de medidas, incluindo quarentena direcionada e restrições à mobilidade das pessoas. No entanto, estas medidas devem ser complementadas com:
✅Bônus e oxigênio universal, porque sem estas medidas a quarentena significa abandonar milhões de peruanos informais e destiná-los à inanição.
✅Taxação sobre grandes fortunas.
✅Controle de preços sobre medicamentos.
✅Não à especulação. Colocar a vida em primeiro lugar.
✅Rede pública de farmácias.
✅Vacinas devem ser administrado pelo Estado. Não à mercantilização.
✅Assumir o controle de clínicas privadas.
✅Sistema de Saúde Universal e Gratuita. Isso só será possível com uma nova Constituição
✅Nós estão enfrentando uma situação extremamente dramática e instamos homens e mulheres a tomarem medidas extremas de segurança.
2.
A campanha eleitoral é outro componente da conjuntura política. Está se desenvolvendo com todas as limitações impostas pela crise sanitária. Das 16 candidaturas, 4 são, por enquanto, as que estão tomando forma, 3 da direita e a de JP com Verônica que está em 2º lugar e com boas perspectivas. A candidata do Fujimorismo (Keiko) anuncia que ela vai tomar uma mão dura contra a esquerda e contra aqueles que propõem uma nova constituição. Ela procura delimitar campos e recuperar o apoio da Confiep e dos empresários, dos quais, em eleições passadas, recebeu muito dinheiro se apresentando como o candidato da linha dura, enquanto George Forsyth, Julio Guzman ou De Soto não garantem a paz trabalhista aos grupos de poder, a estabilidade de que eles necessitam para garantir seus negócios e privilégios.
Neste contexto, nossos candidatos (NP) com a camarada Veronika à frente devem radicalizar o discurso apresentando as soluções em profundidade, que devem estar ligadas à necessidade de uma nova constituição. Há muito em jogo: o continuismo neoliberal ou mudanças fundamentais. Esta é nossa oportunidade e nesta batalha não há meio-termo, não deve haver meias medidas, que nos enfraqueceriam. O país não pode e não deve continuar nas mãos de homens de negócios corruptos.
Cabe ao NUEVO PERÚ e em particular à companheira Verônica, assumir o desafio de liderar o caminho de mudança que o país exige com propostas sérias e objetivas que visam resolver os problemas políticos e sociais; com uma orientação clara para resgatar nossa soberania e independência e ser o garantidor das liberdades e direitos de nosso povo, saqueado pela direita corrupta e esgotado, e seu nefasto modelo econômico neoliberal e privatizador que só trouxe fome, miséria e desemprego e atraso social.