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Via Rebelión

Os primeiros resultados das eleições do último domingo, 6 de junho, mostram que a paridade eleitoral avançou com a eleição de 50 por cento de homens e 50 por cento de mulheres. Cerca de 73.000 mulheres participaram, alcançando mais de 10.000 assentos reservados para metade da população.

Muitas delas estão comprometidas com o avanço da mulher; muitas delas, longe do feminismo, não têm uma agenda nesse sentido e é advertido que não haverá força para abordar questões pendentes, tais como a interrupção legal da gravidez ou clareza para fazer propostas sobre a liberdade da mulher mexicana.

A maioria daquelas que chegarão ao Congresso Federal vem do partido governante, claramente sem projeto de gênero. Entretanto, a luta de mulheres como Mujeres en Plural ou 50+1 é que as mulheres chegam, o que é conhecido como uma postura “feminista” apenas, embora seja notado como um avanço.

Assim, as mulheres atingirão apenas 47,6% dos assentos na Câmara Federal, de acordo com dados oficiais do Programa de Resultados Eleitorais Preliminares (PREP), o que significa uma perda de um ponto em relação à atual legislatura e a paridade total não foi alcançada. Com o voto direto nos distritos, as mulheres ganharam 138, 46%.

Para o coletivo 50+1, isto mostra a capacidade das mulheres de ganhar maiorias, já que 300 distritos foram delegados por voto direto. Mas não será até o final da semana que os dados estarão completamente certos, após a contagem caixa por caixa.

No Congresso Federal, o partido governista perdeu 56 cadeiras e em votos nacionais, 16 milhões não votaram mais no partido oficial. Como noticiado na Cidade do México, a oposição venceu em nove dos 16 prefeitos e pela primeira vez haverá paridade.

Como em 2015 e 2018, após a paridade eleitoral, em alguns congressos locais, as mulheres excedem 50%. Um olhar sobre três dos congressos locais, as mulheres excedem 50 e até 60% da representação em Oaxaca (56%), em Veracruz (68,42%) e em Chiapas (62,5%), o que é uma amostra mínima e ainda não é uma tendência para o país.

Estes resultados iniciais emergem da aplicação das regras de paridade eleitoral, já que os partidos tiveram que colocar 50% das candidatas nos dois sistemas eleitorais e temia-se que a distribuição as enviasse para distritos perdidos ou de alto risco. A resistência nos partidos desta vez não o conseguiu, na Casa Federal, e poderia ser menor nos congressos locais, mas nos selecionados, Oaxaca, Chiapas e Veracruz, parece diferente.

De acordo com esta contagem, haverá 238 deputadas federais, o que inclui as de representação proporcional ou lista. A diminuição tem a ver com a não conformidade de algumas partes, por não ter uma mulher no topo das listas plurinominais.

As deputadas federais distribuídas pelos partidos políticos indicam que seriam 88 de Morena – considerando os partidos aliados Verde Ecologista e Partido del Trabajo; 33 da Acción Nacional, 12 do Revolucionario Institucional, cinco do Partido de la Revolución Democrática e dois do Movimiento Ciudadano; não há resultados do Partido Verde Ecologista, que deve ter 40 ou mais cadeiras, o que poderia mudar alguns resultados da composição. Na atual legislatura, a porcentagem atingiu 48,48% na legislatura, onde 500 cadeiras são votadas.

Nos congressos locais, os resultados preliminares indicam menos de 50% em Veracruz, com 48,48%; excederam 50% em Oaxaca, com 56%, e em Chipas chegaram a 62,5%.

Em Oaxaca, 11 homens e 14 mulheres, sem contar as cadeiras plurinominais; em Veracruz, 14 mulheres de 25 cadeiras; em Chiapas, 25 mulheres de 40 cadeiras.

Dados sobre municípios somente em Oaxaca, onde 152 tiveram eleições, pois os demais (418) são organizados por usos e costumes. Desses 152 municípios, as mulheres estão à frente com 47 e, a partir do encerramento do PREP, sete estão em conflito e não há resultados. Diz-se que as mulheres ganharam 47 municípios e os homens 97. As mulheres ganharam, em sua maioria, em municípios pequenos e de baixa renda, onde não votam muitas pessoas, de acordo com a ex-conselheira eleitoral Rita Bell.

A jornalista Susana Solís, de Chipas, informou que haverá 25 mulheres no Congresso de um total de 40 deputados, nove dos quais são indígenas e quatro são de cotas de jovens.

Em Veracruz, a coalizão governista “Juntos Haremos Historia” ganhou 17 deputados federais e a oposição ganhou apenas dois, um conquistado por uma mulher. O PREP informou que Morena e seus aliados têm uma clara liderança em deputados federais no estado de Veracruz, segundo informações do BillieParker noticias.

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