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Via Revista Movimento

Não pensei que teria que escrever estas linhas. Pelo menos não tão cedo. Hoje sofremos um duro golpe. Um golpe terrível para nossa corrente política e para nossos irmãos marxistas revolucionários peruanos. Tito Prado, que para mim era o principal dirigente trotskista do Peru, faleceu no dia de hoje. A Covid nos provocou uma perda muito forte. Comecei a militar com ele em 1992. Sem ele eu nao teria chegado até aqui. Foi um mestre. Foi determinante em momentos difíceis de nossa construção. Não tê-lo mais é pesado.

Tito era um pensador e um lutador. Militante desde os anos 60, viveu na Argentina e na Espanha. Esteve muitas vezes no Brasil conosco. Deixa um casal de filhos jovens, Marcelo e Cristiana. Desde o Brasil enviamos nosso apoio, nosso abraço fraterno.

Tive a honra de militar muito tempo com Tito. Posso dizer que eu o conheci bem. Ele tinha a força moral da classe trabalhadora peruana e era herdeiro do mais guerreiros libertadores das Américas, sendo bisneto de Leôncio Prado, militar peruano que lutou contra o império espanhol, herói peruano e herói e libertador de Cuba. Tito era pura elegância, talento e persistência. Vi isso pessoalmente quando estive no Peru e ele estava na linha de frente da luta pela derrubada da ditadura Fujimori . Nesta hora triste e difícil, ele diria para nós seguirmos a luta com toda nossa força. É o que faremos. Em nome dele. Em homenagem a memória dele. Tito Prado, presente!

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